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Cortes de negro e claro

Corto negro corte.
Corto a direito as linhas dos teus cabelos frios.
O dorso, negro corte desses lábios em flor.
.
Corto claro corte.
Corto em ondas os teus braços colados aos meus.
O remo, claro corte na transparência de licor.
.
Corto chama ardente.
Corto inflamado o desejo trespassado pela dor.
A rosa, o espinho com decote duplicado.
.
Corto morte em contra-mão.
Corto estrada, a pedra muda cai dos céus.
A escura terra sobre os olhos, a lama com(paixão).
.
Corto vida negra em corte claro.
Morte em chama, desejo em onda,
rosa de transparência em remo sem cor.
.
Corto os céus em corte duplicado.
Corto terra em deslize pelos braços,
os lábios inflamados pela chuva da manhã.
.
Corto negro peito.
Corto asas, esqueço a lama e o decote.
Corto o claro que me encha de luz o coração.
.
Corto pedra em pele de corte.
Corto teus cabelos em quente dorso.
Em licor me denuncio, em perfume me abstraio.
.
Corto a insónia, corte ao respirar.
Corto esta ansiedade, corto negra lua.
Vestes estendidas em sangue espiral.
.
Corto negra a minha noite em corte.
Não corto clara, porque ela não é tua.
Corto tudo, corta-me a saudade instransponível.
.
Corto nada, que não sei o que cortar.
Corto tudo para me explicar em retalhos.
Corto negro o corte claro e sem rodeios:
.

corto o fim.

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sexta-feira, março 19, 2010 - 22:54

Ministério da Poesia :

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rainbowsky

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