Escrito nas estrelas...

Por essa estrada que levámos
Cruzámo-nos sem querer, inocentes
E abrigámo-nos da chuva
Nos braços um do outro...
Loucura...

Pensámos que podíamos voar
Simplesmente sem razão,
Unidos pela emoção que nos embalava.
Errado...

Destino esse que nos colocas pedras no caminho
Tropeçámos um no outro, não éramos quem idealizámos
Graves palavras trocámos
E depois... o silêncio.

Destino esse que nos dás sempre respostas
Mesmo que tardem... quem me dera que tardassem
Porque por mais que o nosso abraço gelado nos aqueça,
Por mais que tenhamos tudo para estar juntos,
Nunca ninguém poderá contrariá-lo
Se Ele não consentir o pedido.

Que importa se me permitir somente
Dizer-te adeus, para sempre?
Que importa que tudo esteja errado,
Que se tenha enganado,
Ou que seja mal interpretado,
Se a emoção vem de repente
E nos domina completamente
Até que algo diferente
Se atravesse no caminho?

Que importa voar com asas quebradas,
Que importa manter o orgulho ferido
Se a vida vale quase nada
Sem morrer e cair por paixão?

Voar sozinho é ser morto
Na batalha do coração.
Quem me impedirá de continuar a viver
Mais do que a alma consente
Em queda livre, num buraco negro
Onde o tempo é infinito?

Mais vale que alguém me agarre,
Me tire a vida, ainda que a salve,
E com ela, a memória de ti...