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CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

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CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Texto selecionado por Lila, nossa querida colega em rima, muito interessante, fala sobre as musas da mitologia.
Grata Lila, aí vai...

retirado de

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060812055748AAnZDKb

As musas eram nove deusas das artes e ciências na mitologia grega. Eram filhas de Zeus, o rei dos deuses, e de Mnemosine, a deusa da memória. Cada musa protegia uma certa arte ou ciência. Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda tristeza e dor. As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar. Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego "mousa"; dela derivam museu que, originalmente significa "templo das musas", e música que significa "arte das musas".

Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope sabia tocar qualquer instrumento.
Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do alfabeto fenício na Grécia.
Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.
Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.
Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.
Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.
Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um instrumento musical em suas mãos.
Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.
Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par de compassos.

-----------------------------------------------------

Quem tiver mais curiosidades envie o link que publicaremos.
Grande abraço.

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CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Texto selecionado por Lila, nossa querida colega em rima, muito interessante, fala sobre as musas da mitologia.
Grata Lila, aí vai...

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http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060812055748AAnZDKb

As musas eram nove deusas das artes e ciências na mitologia grega. Eram filhas de Zeus, o rei dos deuses, e de Mnemosine, a deusa da memória. Cada musa protegia uma certa arte ou ciência. Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda tristeza e dor. As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar. Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego "mousa"; dela derivam museu que, originalmente significa "templo das musas", e música que significa "arte das musas".

Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope sabia tocar qualquer instrumento.
Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do alfabeto fenício na Grécia.
Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.
Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.
Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.
Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.
Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um instrumento musical em suas mãos.
Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.
Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par de compassos.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Amigos poetas,

Navegando e pesquisando encontrei um guia de sites de poetas consagrados cuja leitura muito contribui para nosso aprendizado, então, resolvi compartilhar...

Quem quiser dar uma olhadinha, o endereço é:

http://www.sobresites.com/poesia/consagrados1.htm

Lá tem Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Ledo Ivo, Paulo Leminski, Augusto dos Anjos, Mário Quintana... enfim para todos os gostos e continentes!

Tomara que seja útil!

Abraços! :-)

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Ana,

Nem eu... Achei fantástico...

Aproveito que também fui pesquisar sobre a Poesia Lusitana e novo aprendizado:

1524 - Camões – o poeta lusitano Luís Vaz de Camões terá nascido em Lisboa, em 1524. Camões era um jovem aventureiro que, um dia, resolveu combater para defender a sua pátria. Como soldado, ao combater os Mouros em Ceuta, perdeu o seu olho direito. Viveu na época dos Descobrimentos e escreveu um livro, a que deu o nome de Os Lusíadas, e que hoje é conhecido no mundo inteiro. Nesse livro, Camões conta, alguns episódios da História de Portugal, em forma de verso.

De História de Portugal2 - Páginas relacionadas
www.scribd.com/doc/8072659/Historia-de-Portugal2

1557 - Nos Poemas lusitanos, que Ferreira começou a coligir em 1557, (1) encontram-se dois Sonetos em linguagem archaica, celebrando Vasco de Loheira e a correcção que introduzira no episodio de Briolanja.Portanto o original, em uma época em que se não tinha a minima noção de historia litteraria, que estava por crear, e em que faltava o amor nacional que supriria o valor scientifico, teve de seccar-se em nossas mãos, como diz o Dr. João de Barros.
De Full text of "Historia da litteratura portugueza" - Páginas relacionadas:

www.archive.org/stream/1870historiadali13braguoft/1870historiadali13brag...

1580 - Depois de aposentado em Salamanca, D. Joao III o chamou a Lisboa para mestre dos cardeaes Dom Affonso e D. Henrique, falecendo em 1580. Era um eximio poeta latino. Andre de Resende, continuador de Ayres Barbosa, e o fundador da Archeologia classica em Portugal, interpretando pelos textos dos geographos gregos, pelos historiadores romanos, e monumentos epigraphicos do solo patrio as antiguidades da Lusitania.

De Full text of "Historia da litteratura portugueza... - Páginas relacionadas
www.archive.org/stream/historiadalitte00agargoog/historiadalitte00agargo...

1598 - António Ferreira (1528-1569) nasceu em Lisboa, estudando Direito na Universidade de Coimbra. Além de desembargador, cultivou a poesia, sendo o discípulo mais famoso de Sá de Miranda. Os seus poemas foram publicados por seu filho, Miguel Leite Ferreira, em 1598.

alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/ferreira.htm

1756 - Na mitologia grega, Arcádia é uma região onde poetas e pastores vivem de amor e poesia. Em 1756 surge a Arcádia Lusitana, em Portugal, inspirada na de Roma.O autor de maior destaque é Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805). Os poemas árcades exibem linguagem clara e seguem métricas definidas. São comuns estruturas populares como os rondós, os madrigais e as redondilhas maior e menor. Na temática predominam os temas bucólicos e amorosos.

De Romantismo No Brasil - Páginas relacionadas
www.scribd.com/doc/14981416/Romantismo-No-Brasil

1757 - Em razão de as páginas doutrinárias e o teatro de Correia Garção encerrarem maior significação que a sua poesia, escolheu-se inicialmente um trecho de uma das mais relevantes de suas dissertações, a terceira, que versa "sobre ser o principal preceito para formar um bom poeta procurar e seguir somente a imitação dos melhores autores da Antiguidade, recitada na conferência da Arcádia Lusitana no dia 7 de novembro de 1757":. Nec verbum verbo curabis reddere / Interpres... Horat., Ars ...

De A literatura portuguesa através dos textos - Páginas relacionadas
books.google.com.br/books?id=GnADW82tdmYC&pg=PA215

1771 - A biographia do Doutor Antonio Ferreira foi escripta por Pedro José da Fonseca, para a edição das Obras do poeta, feita em 1771, tirada em parte da Bi- lliotheca Lusitana de Diogo Barbosa Machado e da «leitura dos mesmos poemas, dos quaes se extraiu qua- si tudo quanto alli se escreveu...» (2) Pela leitura dos versos de Ferreira comprovaremos os factos hoje incontroversos, corrigindo e determinando outros, que tem passado desapercebidos.

(1) Historia do Theatro Portuguez, t.
De Historia da litteratura portugueza - Páginas relacionadas
books.google.com.br/books?id=MacDAAAAQAAJ&pg=PA182

1826 - Á frente dos seus admiradores apparece nada menos que o viscondo de Almeida Garrett, que no Bosquejo da historia da poesía portuqueza, que serve do introduccüo ao Parnaso Lusitano, impresso em 1826, diz assim a proposito do nosso auctor : «De José Anastasio da Cunha, que das mathematical puras nos deu o melhor curso, que ha ern toda a Europa, d'esse infeliz ingenho (que talento houve ja feliz em Portugal?)

De Diccionario bibliographico portuguez - Páginas relacionadas
books.google.com.br/books?id=DYMDAAAAYAAJ&pg=PA231

1954 - António Arnaut, fundador do Partido Socialista, estreou-se na poesia há 53 anos, e desde que publicou, em 1954, o seu primeiro livro, "Versos da Mocidade", o antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano deu à estampa mais duas dezenas de obras literárias. António Arnaut, que acaba de se estrear como romancista, com este "Rio de Sombras", vê a poesia como "a linguagem autêntica do belo".

De “Rio de Sombras” de António Arnaut foi apresentado... - Páginas relacionadas
www.ofigueirense.com/gestor_noticias/noticias.php?id=1323

2009 - Obviamente, a canção O Outro (CD Público, gravado ao vivo, Sony/BMG, 2000) faz parte do repertório de hoje, assim como a poesia dos portugueses Camões e Fernando Pessoa, o gênero fado, a canção provençal de Arnaut Daniel, a expressão artística moderna de outra lusitana, ...
De Qualquer coisa de lusitana -
jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=7887&codp=256&codni=3

Interessante também que o espetáculo de 2009 de Adriana Calcanhoto, tem título inspirado em trecho do poema O outro, de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916). Adriana musicou os quatros versos do poeta modernista nascido em Lisboa, membro da Geração D’Orpheu, grupo que seguiu as vanguardas europeias. A letra de Sá-Carneiro é a seguinte: “Eu não sou eu nem sou o outro, sou qualquer coisa de intermédio: pilar da ponte de tédio – que vai de mim para o Outro”.

Como a história nos deixa aprendizado, não é mesmo?

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

A poesia no Brasil

O primeiro poeta a escrever no Brasil é o jesuíta José de Anchieta, que em seu trabalho de catequese, no século 16, adota o estilo dramático como meio de propagação dos valores cristãos entre os indígenas.

­Desde Anchieta, inúmeros poetas passaram a construir a história da poesia no Brasil, nomes que não pretendemos nem poderíamos elencar apenas neste artigo. Mas vale a pena fazer um breve relato dos caminhos que a poesia brasileira percorreu até o Concretismo, um dos movimentos mais originais da nossa literatura.

Na segunda metade do século 18, o Brasil vive um período de pré-Romantismo, representado por Tomás Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, entre outros. Até meados do século 19, os poetas brasileiros, entre os quais destacam-se Gonçalves Dias, Castro Alves, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo, eram profundamente influenciados pelas literaturas portuguesa e francesa e conservavam em suas obras alguns traços da poesia Renascentista, como o farto uso de citações mitológicas e temas da história antiga.

Apesar de Gonçalves de Magalhães ter sido considerado pela crítica o poeta precursor do Romantismo no Brasil, Álvares de Azevedo, Castro Alves e Joaquim de Souza Andrade – o Sousândrade –, são figuras fundamentais nessa fase da poesia brasileira. Sousândrade, em especial, diferencia-se de todo o conjunto de poetas desse período pela originalidade de sua poesia, que chega a prenunciar o Simbolismo e o Surrealismo, estando muito à frente de seu tempo.

O Simbolismo, chegado ao Brasil via influência francesa, é representado, principalmente, pelos poetas Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.
Os ventos vindos da França, com a entrada no século 20, trazem ao Brasil o Modernismo. Graça Aranha, após uma temporada na França, é o responsável por disseminar as novas idéias e experiências entre os poetas brasileiros, que em 1922 lançariam a Semana da Arte Moderna, encabeçados por Mário de Andrade e Oswald de Andrade.

A partir daí, os temas brasileiros ganham força na nossa poesia e o Manifesto Antropofágico de Oswald ergue os pilares da nova forma de assimilação cultural pela arte brasileira, derrubando a mera cópia e a exaltação dos modelos estrangeiros, promovendo a deglutição da cultura estrangeira, como alimento a ser processado para gerar novos e autênticos fenômenos culturais. Novos poetas, a seu modo, viriam a contribuir para o Modernismo, incluindo nomes como Carlos Drummond de Andrade, Cassiano Ricardo, Murilo Mendes e João Cabral de Mello Neto, entre outros.

Em 1956, com a realização de I Exposição Nacional de Arte Concreta, o Concretismo marca oficialmente sua presença na poesia brasileira, pelas letras e símbolos de Décio Pignatari, Ferreira Gullar e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos.

Poesia, música e a era digital

A sonoridade é um elemento fundamental para a composição poética. Valendo-se do ritmo, da cadência dos versos, da musicalidade das palavras, a poesia sempre soa como música, mesmo quando apenas lida em silêncio ou declamada sem qualquer acompanhamento instrumental.

No Brasil, essa afinidade entre música e poesia torna-se explícita quando analisamos a obra e a trajetória de Vinícius de Moraes, o “poetinha”, que circulou livre e apaixonadamente entre as duas modalidades artísticas. Em entrevista concedida a Clarice Lispector, Vinícius explica a forte presença da música em sua vida, mesmo antes da chegada da poesia: “Dizem, na minha família, que eu cantei antes de falar. E havia uma cançãozinha que eu repetia e que tinha um leve tema de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam aquelas valsas antigas. Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.”

Enfrentando o preconceito dos críticos da época, que não viam com bons olhos o gosto de Vinícius pela música popular e, conseqüentemente, pela popularização de sua poesia, o poeta tornou-se querido por platéias no mundo todo, encantadas por suas composições cheias de ritmo e de uma poesia genuinamente brasileira.

Além de poetas que fazem música e músicos que fazem poesia, encontramos outra forma de casamento entre música e poesia nas releituras musicais de textos da tradição poética. Renato Russo, por exemplo, tinha um grande talento para revitalizar e popularizar poemas antigos em suas canções, como fez com o célebre soneto “Amor é fogo que arde sem se ver” (1595), de Luís Vaz de Camões (1524-1580), considerado o maior poeta da língua portuguesa:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

A poesia na era digital

O escritor argentino Jorge Luis Borges dizia que o mais importante para quem quer compreender a poesia, mais que ler, analisar ou escrever, é desfrutar da poesia, é “sorvê-la”. Para ele, a poesia é, na realidade, “uma paixão e um prazer”, algo que está muito além dos livros e das próprias palavras: “Passamos à poesia; passamos à vida. E a vida, tenho certeza, é feita de poesia.”

Esse inspirado conceito que Borges tem da poesia, de que ela se encontra além dos livros, na própria vida, nos ajuda a entender o porquê da poesia permanecer a cada dia mais viva nos meios e nas formas de comunicação mais modernos, entre os quais a Internet se destaca, sem dúvida, pela interatividade, pela riqueza de recursos expressivos e pela facilidade de acesso para autores e leitores.

Além dos sites, blogs e grupos de discussão sobre poesia, a Internet abriu novas possibilidades de criação poética, culminando num tipo próprio de poesia, com linguagem específica: a poesia digital. Baseada na combinação de recursos gráficos, áudio, vídeo e escrita, incluindo textos combinatórios e uma série de tecnologias aplicadas em livre experimentação criativa, a poesia digital, ou ciberpoesia, ainda não cabe em qualquer definição.

Nascida junto da Internet e em processo de auto-transformação constante, essa nova forma de fazer poesia promete desenvolver-se tão vasta e criativamente quanto seu meio, alcançando formas e caminhos ainda imprevisíveis. Por enquanto, a única certeza que fica é a de que a chama da poesia continuará ardendo, dentro ou fora dos livros, nas páginas virtuais e na vida.

Textos retirados : http://lazer.hsw.uol.com.br/poesia4.htm

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Maravilha Flávia, grata pela partilha, não sabia que Padre anchieta foi nosso primeiro poeta.
Grande abraço. Aguardo novos textos.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Analyra, não sei se devo postar direto ou enviar para você analisar antes, me oriente neste sentido e antecipadamente me desculpo se tiver feito errado.

O texto abaixo da Cecília Meirelles nos leva a uma reflexão sobre como podemos ter inúmeros jeitos de olhar e, conforme o jeito escolhido, nossa vida pode mudar... Espero que gostem.

A Arte de Ser Feliz

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse,não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Lindo, gostei muito, gosto bastande de Cecília Meireles. Se gostas de determinado autor podes abrir um tópico novo e postar textos dele e, se quiseres, curiosidades da vida enfim, tudo que achares interessante. Aqui no forum todos podem postar, só direciona para o aspecto mais literário. Estamos perceverando... Embora não seja o fórum mais popular temos muitas leituras e, se tivermos só nos duas lendo, também já basta. ;-) :hammer: :hammer: :hammer:
Muito grata e sinta-se em casa, confio na tua sensatez e este lugar é nosso, dos "Amigos do mundo da Arte",
Beijo grandes.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Se achares coisas interessantes manda. grande abraço.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Ana,

Que texto belíssimo! A história de Orfeu é mágica e poética e nos faz refletir no cmainho que escolhemos, na forma como vivemos...

Adorei...

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Gostei deste texto, espero que gostem...

Orfeu

Na mitologia grega, Orfeu era poeta e músico, filho de Apolo, e da musa Calíope. Era o músico mais talentoso que já viveu. Quando tocava sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores se curvavam para pegar os sons no vento. Ganhou a lira de Apolo. Alguns dizem que Eagro, rei da Trácia, era seu pai.
Foi um dos cinquenta homens que atenderam ao chamado de Jasão, os argonautas, para buscar o Velocino de Ouro. Acalmava as brigas que aconteciam no navio com sua lira. Durante a viagem de volta, Orfeu salvou os outros tripulantes quando seu canto silenciou as sereias, responsáveis pelos naufrágios de inúmeras embarcações.
Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, atraiu um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a picou e a matou. Por causa disso, as ninfas, companheiras de Eurídice, fizeram todas as suas abelhas morrerem.
Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro Caronte a levá-lo vivo pelo rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões. Seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados.
Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua esposa, a deusa Perséfone, implorou-lhe que atendesse o pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol.
Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice o estava seguindo.

Orfeu rodeado de animais, Museu Cristão-Bizantino, Atenas
Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma (ou em outras versões uma estátua de sal), seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. Em desespero total, Orfeu se tornou amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo lembrar-se da perda de sua amada. Posteriormente deu origem ao Orfismo, uma espécie de serviço de aconselhamento baseado na doutrina espírita, ele ajudava muito os outros com seus conselhos , mas não conseguia resolver seus próprios problemas, até que um dia,furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, atirando dardos. Os dardos de nada valiam contra a música do lirista, mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!"
Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os enterraram no monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente que os outros. Pois Orfeu, na morte, se uniu à sua amada Eurídice.
Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus corpos, até que elas se transformaram em carvalhos silenciosos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram ao chão.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Lila e Analyra,

Adorei o texto! Muito bom conhecermos um pouco de assuntos que podem ser úteis na construção de nosso saber!

Parabéns as duas!

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

Ana Lyra,

Acho que foi uma ótima ideia sua inaugurar este tópico, penso que poderemos trocar muito. Aliás, o berçário tem sido de grande valia para mim. Adorei a aula de poetrix que tive ontem, ao ler sobre. Eu não sabia nada sobre poetrix...
Aprendi também sobre aforismo, que ainda preciso ler mais, mas uma luz já se acendeu. Enfim, estou gostando bastante de participar deste fórum.
Parabéns!
Grande abraço.

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Re: CURIOSIDADES POÉTICAS- SABIAS?

É isso aí!!! Que bom...espero que possamos compartilhar.
Grande abraço e grata pela participação.
;-)

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