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Rima

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Rima

Métrica (poesia)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Metro é a medida do verso. O estudo do metro chama-se metrificação e escansão é a contagem dos sons dos versos. As sílabas métricas, ou poéticas, diferem das sílabas gramaticais em alguns aspectos. Lembraremos alguns preceitos a esse respeito: contam-se as sílabas ou sons até a tônica da última palavra de um verso. Exemplo:

A-mo-te,ó-cruz,no-vér-ti-ce-fir-ma/da = 10 sílabas

De es-plên-di-das-i-gre/jas = 6 sílabas

Mi-nha-mu-lher-ex-pi-rou = 7 sílabas

E as-bre/ves = 2 sílabas

Vir-gem-das-do/res = 4 sílabas

Índice
1 Tipos de verso
2 Métrica clássica
3 Métrica medieval
4 Ver também
5 Ligações externas

Tipos de verso
A um número de sílabas métricas em determinado verso podem ser atribuídos nomes:

Dodecassílabo: 12 sílabas
Ins | pi | ra | do^a | pen | sar | em | teu | per | fil | di | vi | (no)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Alexandrino - Dodecassílabo com tônica na sexta e na décima segunda sílaba, formando dois hemistíquios.
Decassílabo: 10 sílabas (muito comum em sonetos e presente em Os Lusíadas de Luís de Camões)
Não | tens | que | ças | da | que | lea | mor | ar | den | (te)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Heróico - Decassílabo com sílabas tônicas nas posições 6 e 10
Sáfico - Decassílabo com sílabas tônicas nas posições 4, 8 e 10
Martelo - Decassílabo Heróico com tônicas nas posições 3, 6 e 10
Gaita Galega ou Moinheira - Decassílabo com tônicas nas posições 4, 7 e 10
Eneassílabo: 9 sílabas
Nos | sos | pais | con | du | zis | te^à | vi | tó | (ria)

1 2 3 4 5 6 7 8 9
Redondilha maior ou heptassílabo: 7 sílabas
Se | nho | ra, | par | tem | tão | tris | (tes)

1 2 3 4 5 6 7
Redondilha menor: 5 sílabas
Tan | tos | gri | tos | rou | (cos)

1 2 3 4 5
A lista geral de designações é a seguinte:

Monossílabo : 1 sílaba
Dissílabo : 2 sílabas
Trissílabo : 3 sílabas
Tetrassílabo: 4 sílabas
Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas
Hexassílabo ou Heróico Quebrado: 6 sílabas
Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas
Octossílabo: 8 sílabas
Eneassílabo: 9 sílabas
Decassílabo: 10 sílabas
Hendecassílabo: 11 sílabas
Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas poéticas.
Bárbaro: 13 ou mais sílabas poéticas.
Métrica clássica
Na poesia grega e latina, a métrica conta-se em função da quantidade das sílabas, consoante sejam breves ou longas. Ao conjunto de sílabas chama-se pé. Entre os mais divulgados contam-se o iambo, com uma sílaba breve seguida de uma longa (U—); o espondeu, com duas sílabas longas (— —); o dáctilo com uma sílaba longa e duas breves (—UU).

Dos diversos tipos de verso usados, destacam-se o hexâmetro, com seis pés, e o pentâmetro, com cinco pés. O hexâmetro classifica-se segundo o tipo do penúltimo pé: hexâmetro dactílico com o quinto pé dáctilo, e hexâmetro espondaico com o quinto pé espondeu.

Um par formado por um hexâmetro e um pentâmetro designa-se dístico elegíaco.

Métrica medieval
Na Idade Média continuou a usar-se o pé como unidade métrica. Mas nessa época a noção de quantidade já não era aplicável às sílabas na generalidade das línguas. Assim, o pé passou a contar-se em função das sílabas tónicas.

Tipos de pé:
Troqueu - Uma sílaba tônica e uma átona;
Iambo - Uma sílaba átona e uma tônica;
Dátilo - Uma sílaba tônica e duas átonas;
Anapesto - Duas sílabas átonas e uma tônica.
Na prosa também se contava a métrica, com base igualmente nas sílabas tónicas, contadas a partir do final do verso.

O "cursus planus" era acentuado na 2.ª e na 5.ª (a contar do fim);
O "cursus dispondaicus" tinha acentos na 2.ª e 6.ª;
O "cursus velox" contava as tónicas na 2.ª e 7.ª;
O "cursus tardus" era acentuado na 3.ª e na 6.ª sílabas.
Esta técnica, embora já fosse de uso corrente, foi explicitada no século XII por Alberto Morra, que viria a ser o Papa Gregório VIII, numa obra intitulada "Forma dictandi quam Rome notarios instituit magister Albertus qui et Gregorius VIII, papa".

OBSERVAÇÃO:
VERSOS ISOMÉTRICOS
A poesia clássica elaborava preferencialmente poemas com versos isométricos, isto é, com a mesma medida. Por exemplo, a epopéia camoniana foi construída toda ela com versos decassílabos.

"Cessem do sábio grego e do troiano
as navegações grandes que fizeram.
Cale-se de Alexandre e de Trajano
a fama das vitórias que tiveram,
Que eu canto o peito ilustre lusitano
a quem Netuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo que a Musa antiga canta
que outro valor mais alto se alevanta."

VERSOS HETEROMÉTRICOS
A poesia moderna por ser revolucionária, vanguardística, substituiu o verso metrificado pelo verso livre, isto é, livre de qualquer forma de fôrma pré-estabelecida, não tendo nem regularidade métrica nem rima. Alguns poemas de autores modernos podem valer-se de versos metrificados e com rimas, mas sem preocupação com uma determinada regularidade. São os versos heterométricos, metrificados mas com grande variação. Exemplo:

ENCONTRO

Almas gêmeas?
Não sei…
tanto faz.
O que importa
é que minh'alma
quando encontra a tua
a paz se faz.
Minha alma fica nua,
revela-se, desvela-se e nisso se compraz.
Mas quando o meu
penetra o teu
corpo,
tudo nele se contrai
tudo nele se distrai
e faz-se
morto
de prazer.

--------------------------------------------------------
UAUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!
Que coisa mais complicada...

...Isso de mim está acima,
sofro da doença da rima,
rimar é minha meta,
minha métrica é torta
não reta.
A poesia em "mim"
é porta aberta,
pos isso minha
métrica incerta...
Mas esse é meu estilo:
a cada poema que destilo,
não conto, pois escrevo de pronto,
vomito como bêbado tonto,
escrevo o que vem a cabeça,
e a métrica?
ora... que me esqueça!!!!!

Hehehehe,
Ainda um dia faço Alexandrinos perfeitos,
mas por enquanto sonetos tortos, de pé quedrado,
com defeitos, mas emocionados
inundados de emoção,
brotados dentro do meu coração...

heheheheh :hammer: :hammer: :hammer:

Vamos lá rimadores, vamos brincar de atores,
vamos fazer com quem mesmos se ensina,
uma maratona de rima?

Grande abraço,
se alguém se interessar, ;-)
vamos dar junto este passo,
uma maratona de rima,
um poema que nunca termina,
rimado de baixo a cima
ou de cima a baixo,
vamos combinamos logo abaixo...

:hammer: ;-)

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Rima

Métrica (poesia)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Metro é a medida do verso. O estudo do metro chama-se metrificação e escansão é a contagem dos sons dos versos. As sílabas métricas, ou poéticas, diferem das sílabas gramaticais em alguns aspectos. Lembraremos alguns preceitos a esse respeito: contam-se as sílabas ou sons até a tônica da última palavra de um verso. Exemplo:

A-mo-te,ó-cruz,no-vér-ti-ce-fir-ma/da = 10 sílabas

De es-plên-di-das-i-gre/jas = 6 sílabas

Mi-nha-mu-lher-ex-pi-rou = 7 sílabas

E as-bre/ves = 2 sílabas

Vir-gem-das-do/res = 4 sílabas

Índice
1 Tipos de verso
2 Métrica clássica
3 Métrica medieval
4 Ver também
5 Ligações externas

Tipos de verso
A um número de sílabas métricas em determinado verso podem ser atribuídos nomes:

Dodecassílabo: 12 sílabas
Ins | pi | ra | do^a | pen | sar | em | teu | per | fil | di | vi | (no)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Alexandrino - Dodecassílabo com tônica na sexta e na décima segunda sílaba, formando dois hemistíquios.
Decassílabo: 10 sílabas (muito comum em sonetos e presente em Os Lusíadas de Luís de Camões)
Não | tens | que | ças | da | que | lea | mor | ar | den | (te)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Heróico - Decassílabo com sílabas tônicas nas posições 6 e 10
Sáfico - Decassílabo com sílabas tônicas nas posições 4, 8 e 10
Martelo - Decassílabo Heróico com tônicas nas posições 3, 6 e 10
Gaita Galega ou Moinheira - Decassílabo com tônicas nas posições 4, 7 e 10
Eneassílabo: 9 sílabas
Nos | sos | pais | con | du | zis | te^à | vi | tó | (ria)

1 2 3 4 5 6 7 8 9
Redondilha maior ou heptassílabo: 7 sílabas
Se | nho | ra, | par | tem | tão | tris | (tes)

1 2 3 4 5 6 7
Redondilha menor: 5 sílabas
Tan | tos | gri | tos | rou | (cos)

1 2 3 4 5
A lista geral de designações é a seguinte:

Monossílabo : 1 sílaba
Dissílabo : 2 sílabas
Trissílabo : 3 sílabas
Tetrassílabo: 4 sílabas
Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas
Hexassílabo ou Heróico Quebrado: 6 sílabas
Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas
Octossílabo: 8 sílabas
Eneassílabo: 9 sílabas
Decassílabo: 10 sílabas
Hendecassílabo: 11 sílabas
Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas poéticas.
Bárbaro: 13 ou mais sílabas poéticas.
Métrica clássica
Na poesia grega e latina, a métrica conta-se em função da quantidade das sílabas, consoante sejam breves ou longas. Ao conjunto de sílabas chama-se pé. Entre os mais divulgados contam-se o iambo, com uma sílaba breve seguida de uma longa (U—); o espondeu, com duas sílabas longas (— —); o dáctilo com uma sílaba longa e duas breves (—UU).

Dos diversos tipos de verso usados, destacam-se o hexâmetro, com seis pés, e o pentâmetro, com cinco pés. O hexâmetro classifica-se segundo o tipo do penúltimo pé: hexâmetro dactílico com o quinto pé dáctilo, e hexâmetro espondaico com o quinto pé espondeu.

Um par formado por um hexâmetro e um pentâmetro designa-se dístico elegíaco.

Métrica medieval
Na Idade Média continuou a usar-se o pé como unidade métrica. Mas nessa época a noção de quantidade já não era aplicável às sílabas na generalidade das línguas. Assim, o pé passou a contar-se em função das sílabas tónicas.

Tipos de pé:
Troqueu - Uma sílaba tônica e uma átona;
Iambo - Uma sílaba átona e uma tônica;
Dátilo - Uma sílaba tônica e duas átonas;
Anapesto - Duas sílabas átonas e uma tônica.
Na prosa também se contava a métrica, com base igualmente nas sílabas tónicas, contadas a partir do final do verso.

O "cursus planus" era acentuado na 2.ª e na 5.ª (a contar do fim);
O "cursus dispondaicus" tinha acentos na 2.ª e 6.ª;
O "cursus velox" contava as tónicas na 2.ª e 7.ª;
O "cursus tardus" era acentuado na 3.ª e na 6.ª sílabas.
Esta técnica, embora já fosse de uso corrente, foi explicitada no século XII por Alberto Morra, que viria a ser o Papa Gregório VIII, numa obra intitulada "Forma dictandi quam Rome notarios instituit magister Albertus qui et Gregorius VIII, papa".

OBSERVAÇÃO:
VERSOS ISOMÉTRICOS
A poesia clássica elaborava preferencialmente poemas com versos isométricos, isto é, com a mesma medida. Por exemplo, a epopéia camoniana foi construída toda ela com versos decassílabos.

"Cessem do sábio grego e do troiano
as navegações grandes que fizeram.
Cale-se de Alexandre e de Trajano
a fama das vitórias que tiveram,
Que eu canto o peito ilustre lusitano
a quem Netuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo que a Musa antiga canta
que outro valor mais alto se alevanta."

VERSOS HETEROMÉTRICOS
A poesia moderna por ser revolucionária, vanguardística, substituiu o verso metrificado pelo verso livre, isto é, livre de qualquer forma de fôrma pré-estabelecida, não tendo nem regularidade métrica nem rima. Alguns poemas de autores modernos podem valer-se de versos metrificados e com rimas, mas sem preocupação com uma determinada regularidade. São os versos heterométricos, metrificados mas com grande variação. Exemplo:

ENCONTRO

Almas gêmeas?
Não sei…
tanto faz.
O que importa
é que minh'alma
quando encontra a tua
a paz se faz.
Minha alma fica nua,
revela-se, desvela-se e nisso se compraz.
Mas quando o meu
penetra o teu
corpo,
tudo nele se contrai
tudo nele se distrai
e faz-se
morto
de prazer.

--------------------------------------------------------
UAUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!
Que coisa mais complicada...

...Isso de mim está acima,
sofro da doença da rima,
rimar é minha meta,
minha métrica é torta
não reta.
A poesia em "mim"
é porta aberta,
pos isso minha
métrica incerta...
Mas esse é meu estilo:
a cada poema que destilo,
não conto, pois escrevo de pronto,
vomito como bêbado tonto,
escrevo o que vem a cabeça,
e a métrica?
ora... que me esqueça!!!!!

Hehehehe,
Ainda um dia faço Alexandrinos perfeitos,
mas por enquanto sonetos tortos, de pé quedrado,
com defeitos, mas emocionados
inundados de emoção,
brotados dentro do meu coração...

heheheheh :hammer: :hammer: :hammer:

Vamos lá rimadores, vamos brincar de atores,
vamos fazer com quem mesmos se ensina,
uma maratona de rima?

Grande abraço,
se alguém se interessar, ;-)
vamos dar junto este passo,
uma maratona de rima,
um poema que nunca termina,
rimado de baixo a cima
ou de cima a baixo,
vamos combinamos logo abaixo...

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Re: Rima

Minha Cara Ana Lyra...Escrevo poemas, na maioria em forma de Sonetos, desde que me conheço por gente...Tenho estudado muito o tema e, confesso, sempre há o que se aprender.Gostaria de, se possível, saber sua opinião a respeito do soneto ao qual transcrevo abaixo conforme segue:

Sol Sem Luz (Soneto Monossilábico)

O Sol, no céu, me dá o tom da luz,
da cor, do som que me vem nu, que traz
na luz do Sol, no céu a cor da cruz
e sem ter dó em luz de dor me faz!

A dor que vem é dom que não faz jus
à cor, ao tom, à luz que tem na paz
e nu me faz à luz do Sol que pus
no céu de dor, e cor, e luz... não mais!

No céu de dor de um Sol sem par, na fé
eu vou, de luz em luz, na dor e sei
que a cor e o tom da luz de dor me vem...

E traz a mão que faz a cor da lei
da dor que vem, e sei que luz não é;
No céu de dor, meu Sol a luz não tem!

Ciro Di Verbena

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Re: Rima

Analyra,

UFA!!! Acho que minha cabeça ainda está dando nó...Vou ter que ler e reler muitas vezes para conseguir entender e aprender em toda a sua essência!

Maravilhoso! Como é bom a gente poder trocar idéias e aprender e, perceber que o que parece simples, de fato é bem complicado!

Quanto aos versos rimados,
O desafio está lançado!

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