A LUZ QUE IRRADIA

Eu não vou conter o sopro de resistências
Que suscitou em minhas entranhas
Eu não vou perder o tempo
Com meus murmúrios indesejáveis
Só para não magoar os outros

Eu vou agir livremente
Arrancar o véu da fantasia
Que cobre o meu semblante
Para contemplar minha alegria
E exalar o meu perfume
Que harmoniza a vida alheia
São aromas de verdade

Eu vou ser feliz
Abrindo o leque de meu sorriso
Assim os meus gestos entrarão em sintonia
Com o meu eu
Que é ritmado pelos meus sentimentos
Só não posso pintar a minha imagem
Como um paraíso
Sendo o interior um cemitério

Eu quero ser a luz que irradia
Tanto de noite
Quanto de dia
Assim serei a voz dos que se calam
Diante do medo
E serei a estrela guia que indica o caminho
de volta ao deserto de si mesmo