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Mãe espécime

Senti pelo teu olhar
O meu olhar.

Nos meus calmos traços da face, arranquei a figura
Desenhada de um forte contorno de teu rosto.
Sem ser artista armei a tela
E traços de seus cabelos
Risquei no papel.
Amedrontado e assustado pelos tombos da contemplação dum bebê
Caí
Ao comparar a sua pintura à minha pintura.
Tive vergonha de constatar
Que seus traços eram os meus,
Mas será que eram os seus?

Olhaste através do espelho de minha face
O seu reflexo misturado em cores
E contornos distorcidos,
Que no fim lembraram sua aparência.
Olhei através do espelho de sua face
O meu reflexo misturado em cores
E contornos distorcidos,
Que no fim lembraram minha aparência.

Pintei na tela cores que eram as minhas
E ela sentiu também que eram as dela.
Mas como posso arranjar gestos
Que não eram os meus
Sendo que ela foi
Quem me pariu?

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 22:29

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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