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Me salvo
Não sou melhor que ninguém.
Quando chorando me obriguei.
Eu lutei com todas as forças,
Não me dei o direito, apenas não pensei.
Você se foi mesmo assim.
Querendo reunir a família a minha volta,
Assisti, uma a uma, as mortes.
Eu gritei, fui brutalizado por todos os lados.
Eu corri atrás de ajuda, até ontem.
Morri e ressucitei, sempre só.
Na esperança de reencotrar o calor humano no qual confiei,
Eu me bloqueei do mundo, da vida e das pessoas.
Mas eu vi que todos viviam, chorando ou não.
Eu decidi deixar a vida transcorrer.
Eu não mais me deleguei.
Enfrentei a culpa e o tempo que congelam.
Eu não admito perguntas,
Cessou a prisão da minha mente,
De ninguém mais eu dependo,
Eu não mais me arrependo.
Eu calo a boca
Do carrasco afugentador dentro de mim.
E não é você quem vai me julgar!
E mais, eu viverei o que este momento é...
Não sou melhor que ninguém.
30-01-2007
Ronivon Soares Diniz
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Ministério da Poesia :
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