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SÓLO ESCRIBIR

Quiero escribir sólo para mí.

De raíces amarillas, ortigas y cardos,
de fango, limo y musgos húmedos.
De orillas lejanas en los pantanales,
De arenas resecas y ardientes
sin límites cercanos.

De la luna a través de mis ventanas
atravesando vidrios para invadirme tibia,
de coros de sonrisas frescas y de voces
y escribir también sobre esas cosas…
esas cosas que yo amo.  

De recoger cenizas de viejos anhelos
porque son mantillos que abrirán corolas.
Quiero escribir sin hilvanados,
lanzar cosas al aire, lejos... lejos,
para que no vuelvan.

Tanto escribir y reiterar lo escrito
condensa ese afán dorado
que levanta el alma…

                                          aunque no me entiendan.  ®

Copyright© 2003
Todos los derechos reservados

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segunda-feira, julho 9, 2012 - 14:49

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Wences

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