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No

No me busques
No te quiero congelado,
Déjate como eres
Como la primavera
Cuyo barco ya sin ancla
Navega eterno por los mares,
No me digas de mis ojos de otoño
Que ya sé que no son tuyos
Con un reino solo mío,
Consternado
Como la aurora viva,
Constelado
Como el cielo pleno en su vacío,
Sin pretenderte
Sin herirte todavía
En un refugio ya sin puerta,
Disfrutando de mi tacto,
Deleitando
Un adiós que no dirás
A otros tornados pasajeros,
Con los labios
Como el alma
Que alma tuya
No será.
 

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segunda-feira, maio 2, 2011 - 21:55

Poesia :

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Juany Anselmi

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