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Privilégio
Os espíritos de quem profanou
Descem até o inferno por serem ímpios
E a bondade que ele incinerou
De dentro do seu coração se fez vício.
Os bons voam os ares
E no calmo azul do céu vão se deleitar
Gozando todos os prazeres
Tudo aquilo que os deuses hão de dar.
O que espera o poeta?
Que se fez de dor...
Seguindo uma nota...
E que tentou sentir o amor?
Quando morrer terei um destino diferente
Verei o Centauro todo iracundo,
Sentirei minha culpa nas trevas quentes
E no oitavo dia far-me-ei fecundo
E subirei o mais íngreme monte
Até alcançar os deuses do novo mundo.
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Ministério da Poesia :
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