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Um sonho ruim

Como um sonho perdido
Através da sorte me subjugo
Compreendendo o esquecido
Em prol de meu rumo...
Não seria lógico amanhecer o dia
Em que o ego da sua irá me fortalecesse...
Agora só encontro as ruínas
Como as noites que não dormir pensando
Nas desgraças do mundo e em seus tormentos...
Fui ao sereno com as esperanças
De encontrar o alento tão esperado
E derrepente me surpreendi,
Não era você que me agarrava os braços
E me devorava aos olhos de quem arde em desejo...
Por clemência gritei!
E os meus gritos enraivavam cada vez mais
Aquela força que me arrancava os trapos
Como se pudesse ver meu intimo além de minh’alma...
Continuava a gritar e relutava e relutava
E enfim, fui desfalecida a um golpe desleal na nuca.
Ao amanhecer o dia dei por mim
E as crianças onde estavam?
Correndo, fugir por entre o meu desespero
E nem se quer pensei em denunciar o ato
Que a noite havia me transgredido...
E ao chegar em casa me deparei com as cinzas...
E com a vela que ascendia toda noite ao santo
Que deveria zelar em minha proteção!
Havia se esquecido de mim mais uma vez...
Logo chamei meus filhos
E por mais alto que fosse o meu indagar
O silêncio me apunhalava cada vez mais e mais...
E em meio às ruínas buscava um som conhecido
Meus trapos rasgados chamavam mais atenção que os meus histéricos gritos!
E você não voltava...
Só rezava as preces aquele santo
que a vela ascendo todas as noites...
e a terra teve por várias horas o meu admirar e pranto.
Ao fim de anos e anos...
Você volta como quem arrependido implora por perdão!
E eu não consigo além de chorar,
Nada lhe dizer!
Naquela noite minha honra foi desfeita e meus frutos estragados!
E como quem superar a dor
Jogo-me ao léu desse vento assustador
Que me traz velhas lembranças
De momentos saudosos que já nem me lembro mais...
E você poder voltar de onde veio
Na verdade nunca estive a te procurar
Pois estava tentando encontrar a mim...
E ainda não a encontrei!
Estou aqui outra vez, vivendo um sonho perdido...
E de meu futuro fiz o que nada me fez,
E não mais vivi...

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terça-feira, janeiro 5, 2010 - 02:21

Ministério da Poesia :

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LEANDROLSMS

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