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Versos Sem Versos II

Tomo em minha mão esta,
que mostra-se indiferente, qualquer,
quando a quero de forma louca;
Implorando a este objeto que manche
mais estas páginas com sentimentos.

_Mas por que a mim, triste Poeta?
Não me tome por simples motivo.
Fala de nostalgia mesmo não tendo
vivido, não tendo passado.
Como posso arriscar-me na mão
de tão contraditório homem?

Não é necessária a pergunta, pois
a resposta de clara passou a certa:
Só tenho sua graça nestes instantes.
Tenha dó.
Se olhos tivessem, veria a lágrima brotar.

_Quem sabe amanhã, pobre Poeta;
Por hoje guarde seus versos bobos,
Apague esta luz que me clareia
e vá se deitar, oh Poeta desastrado.
Veja, já não sabe se é balada,
não sabe se é randó; soneto não é.

Tenha dó, eu imploro.
Sentei-me aqui para escrever
sobre o caminhar sob os pés
da sociedade, sobre um asfalto
negro que vi em pensamento.

_Consulte aquele velho livro novamente.
Como pode? Isto não é poema.
Não tratará de Amor por mais hoje,
estranho Poeta melancólico?
Assim me cansa.
Vejo em teus olhos o equívoco.

O poema é de todo correto,
O Poeta quem não se encontra
mais em pessoa.
Admirar-se-ia se soubesse que
este discute com seu instrumento.

_Perde seu tempo ao querer-me.
E mesmo que me permitisse, oh
solitário Poeta, não haveria quem
conseguisse ler tamanha besteira.
Volte para seu livro, não há o que
dizer ou chorar.

Escrevo para mim, a meu gosto.
Este também é de quem agrade;
Há de existir quem se identifique
com este que é minha cara;
Esta que é minha casa.

_Oh, Aedo, distinto Aedo, vê
esta mosca que a pouco tentou
matar sem ao menos ter motivo?
Esta é você. Observe bem!
Veja Poeta, como bate na parede.
O que você faz Poeta?

Devo entregar meu poema, que
a pouco fora quase destruído?
Quem sabe engolir, morrer
sufocado?_ já que este não morre.
Ajude-me a expressar-me.

_Tudo é simbólico; a existência
está em si, sabe muito bem;
Pode perder sua Poesia, fracassar.
Mas como posso, vejo em teus olhos,
que antes brilhavam, a confusão,
o dúbio, Poeta da triste figura.

Há de ceder, a causa é nobre.
De dor morreria se sentisse:
Um homem explodir seus versos
nesta estante que agora te apóia.
E dizem seu real.

_Tome como exemplo o agora;
Saiba que este é o passado.
Não quiseram ler sua Poesia
que nem escreveu, pois não
me permito.
Se chorar talvez te ouçam.

Por um segundo esqueço-me que
Escrevo, então escrevo sem culpa.
Não tendo que pedir desculpa e sendo
Verdadeiro: como pode ser tão santo o
Que vejo, quando tudo o que vejo é o
que vejo.

Como podem homens Deus,
Esperar de mim santa Poesia?
Quando não sou grande, não uso sinestesia.
Minhas metáforas são primitivas, meu saber
É de todos escasso.
Meu escrever é pobre, minha morada é
Uma singela Poesia

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segunda-feira, janeiro 11, 2010 - 18:19

Ministério da Poesia :

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mocotosk9

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