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Volúpia

Naquela tarde quase noite
Você olhou para mim
E a partir daí eu não sou mais o mesmo.
Naquele momento percebi que caminhei tanto sem existir.
Quando seus olhos rapidamente olharam para mim
O meu ser tomou forma e senti que nasci.
Sei que foi repentino, mas para mim demorou séculos.
Vislumbrei a volúpia de seus seios
Quando o suave toque do decote do vestido no seu corpo
Alimentou a minha visão.

No meio do frio passei a sentir calor
E os meus olhos só viram você.

O meu coração ritmou meu desejo, elevando suas batidas,
E forçando meu peito a respirar mais e mais.
E os meus olhos só viram você.

Havia várias vozes ao redor
E os meus olhos só viram você.

Havia várias pessoas passando
E os meus olhos só viram você.

Imaginei te possuir, não de maneira vulgar,
Mas explorando cada centímetro do seu corpo,
Sentindo o gemido deleitoso do prazer
Saindo de sua doce e indescritível boca.
E os meus olhos só viram você.

O tempo parou
Tudo perdeu o sentido
Você passou a ser a minha única verdade.

A brisa deslizava o vestido na sua pele
E sentia o contorno das suas roupas íntimas
Quase desmaiei!
Seus gestos tão lascivos e femininos passaram a me tirar a vida.
“Eu que tinha acabado de nascer”!
Porque a ânsia de te ter abriu uma ferida em mim.
A impossibilidade de viver eternamente ao seu lado
Matou-me e ainda me mata.
Não passou nem dois segundos e você tirou os seus olhos dos meus.
E nisto vivi dois séculos.

E meus olhos só viram você.

Você se virou, seus cabelos ondularam-se deixando o seu perfume no ar.
E meus olhos seguiram-te.
Você se virou, me olhou, caminhou e sumiu.
E meus olhos até hoje tentam olhar você.

Você não é igual a nada
E tudo não é nada comparado a você.

O sentimento é tão forte que durou tanto em tão pouco tempo.
Todas as noites em meus sonhos você aparece para mim
Com aquele mesmo vestido
Com aquele mesmo olhar.
Sem querer choro
E de repente passo os meus dedos de leve em sua anca
Para nunca mais esquecer o caminho deste pecado.
Peco porque não te tenho.

A dor é maior quando é “passageira”
E mais do que tudo os meus olhos só viram você.

Gostaria que neste momento você me sentisse,
Apenas me sentisse:
Sem me conhecer, sem me ver...
Só sentisse.

O seu orgasmo seria a minha eternidade.

Tudo em você é mais do que perfume.
Quando te vi desejei-te fortemente
Que minha mente quase explodiu.
Até hoje os meus pensamentos caminham pelo ar
Ao seu encontro
E espero que um dia te encontre.

Eu não existo, por isso você existe tanto.

Neste momento quero a solidão
Chorar em prantos a sua ausência.
Mas se caminho e ando pelos dias
Você é mais que presença.
Perdoe-me pelas lágrimas, mas te amo,
Mesmo sabendo que o amor é um estratagema
Que preenche os vácuos internos do meu ser.

Você se foi,
Mas mais do que tudo você está aqui
Nas minhas lágrimas.
E me entrego à sua indelével divindade feminina
Porque até hoje os meus olhos só viram você.

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 22:39

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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