Oprimidos

A Luz entra pela divisão
acordando-me de rompante
saiu cá para fora
vejo o ódio e o amor
tudo misturado
como um círculo vicioso

Eles tratam-nos estranhamente
parece que não somos seres vivos
pegam em muitos como saco de batatas

Encosto-me à grade
vejo o mundo lá fora
Aprecio a brisa de ar fresco
a embater no metal
mas não consigo senti-la

Ao passar a minha mão pela grade
vejo a angústia e o terror
ali cravados em sangue

Todos os dias bombas ocupam o céu
destruindo tudo em redor
rezo para que elas atinjam a cerca
matando tudo e todos
já não somos humanos
mas sim peças velhas e gastas
prontas a serem eliminadas

Agora rezo colado à grade
para que chegue o dia
em que este campo
seja eliminado...

Ass: SugaR**