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Antologia Poética-I
É tempo de me acabar
A rocha que até aqui tenho sido,
Está a esboroar, é sabido!
Tanta água passou sob essa rocha
Que a mágoa se acabou.
Acabaram-se as mágoas.
E a rocha já não é firme
Está inclinada, é rocha furada,
Ensombrada, acabada
Pela maresia do tempo.
Rocha agora improfícua,
Já sem tempo nem idade,
Não se importando que a vida
Esteja ressentida, intolerada
Num corpo vetusto, injusto,
Acabado de mal viver!
O sonho primeiro foram as rosas,
As sem mácula, as vistosas...
Mas quando se foi a primavera
As rosas murcharam e apareceram
As violetas, os jasmins e os narcisos,
Tudo tretas e quando tudo acabou
Tudo se mudou em amor imperfeito
Que ninguém quis colher ou cheirar.
Mas mesmo esse amor perfeito
Se transmudou em enfins sem jeito
Tudo a contento e a preceito!
Pertenço a uma raiz granítica
Mergulhada no passado dos tempos
Onde não existem lamentos,
Rochas e ventos
Que perturbem seu movimento,
Num caminho rápido ou lento
Na busca do alimento primordial
Que sustenta o crescimento
Dos ramos e das folhas!
Agora, já sem vontade
De crescer em liberdade...
Agora que a maturidade
É absoluta, serena e cristalina
É hora de abandonar os sonhos, as raízes,
A vontade de viver e a razão de ser.
É tempo de tudo se cumprir!
Assumamos a velhice
Com alguma traquinice
Sabendo que o que está
Ardendo são brasas queimadas
Que apenas mantêm algum calor.
E deixar de lado a forma e o fado
E, de repente...morrer lentamente...
Assim, tal e qual,
Sem medo e sem mal!
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Ministério da Poesia :
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