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Chuva na vidraça

Noite suave, chuva mansinha, brisas amenas
Sugestiva, silenciosa, esta noite tão calma
Um clima que seduz, um estímulo para sonhar
Sozinho, tal como estou agora, sem destino
Imagino sim, a ternura de um beijo de amor
Uma mulher carinhosa, sensual, audaciosa

Persiste o silêncio, um pingo de chuva interrompe-o
Desenha-se na vidraça um formoso perfil de mulher
Recordo-me de alguma, penso mesmo em telefonar
Dúvidas invadem a minha mente tão solitária
Assim vou vencendo essa amarga solidão

Ouço a Cássia Eller cantando “A Malandragem”
Ela canta: -“Eu sou poeta e não aprendi a amar”
Parece ser o que ocorreu comigo, por estar aqui
Neste vazio apartamento, triste, sem esperanças
Consumindo-me o tempo em inúteis pensamentos

Amigos há, uns três, talvez, sei que é pouco
Não há diálogos construtivos, apenas vagos
Penso, sonho, faço projetos, mas nada evolui
Ouço casos, mentiras, façanhas, notícias
Parodiando Drummond, meu ilustre conterrâneo
Sou triste, orgulhoso, de ferro, sigo sozinho

Neste cenário noturno eu me perco, nocauteado
Penso mesmo em correr, correr e correr, até o fim
Lá, bem distante, onde cada amigo é um irmão,
Onde os vagalumes enfeitam as noites de amor,
Como se falava numa bela canção dos anos 70
Onde se espera que as esperanças jamais morram

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sexta-feira, março 11, 2011 - 08:56

Poesia :

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Agnaldo_Costa

imagem de Agnaldo_Costa
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 12 anos 35 semanas
Membro desde: 03/11/2011
Conteúdos:
Pontos: 386

Comentários

imagem de Patrícia Taz

PERFIL DE VIAGEM

No meu apartamento
onde estou eu e o vinho
perco-me no olhar grave
destinado a estar sozinho

Sombra de mulher…
Sensual, torneado perfil
estonteia-me a cabeça
aquele ar primaveril

Chuva mansinha…
Pingo na vidraça
Vem um cheiro a flor
quando ela passa

Brisas amenas
Ela restringe-me a dor
Traz odor de açucenas
por suas melenas

Noite suave
ao som da “Malandragem”
quero que ela dance comigo
e me leve para outra paragem

Forte aragem
Pára o baile, ficamos quietos
Da letra traçamos projectos
na esperança da viagem

 

Um acalento para teus sofridos versos

Inversos encontrados nos reversos do teu fado

 

PaTaz
 

imagem de Agnaldo_Costa

Acalentado!

Bacana teu jeito de comentar, gostei demais! Porém, desde que tracei estas sofridas linhas já transcorreram 9 anos, e as verdades de hoje são bem outras, e eu sigo vivendo por aí, às vezes só, às vezes não... 

imagem de Patrícia Taz

Agnaldo,

 

Então o poema sempre tem razão

Venham aragens ou tempestades

a verdade é que é sempre idade

para se conquistar um coração

 

Bjo deste lado do mar

PaTaz

 

P.S.: Espero que a tua realidade seja conforme a tua vontade.

imagem de MarneDulinski

Chuva na vidraça

Lindo texto, gostei muito também!

(desculpe-me, mas recomendo usar letras com cor mais clara, não o verde que dificulta a leitura)

Meus parabéns,

MarneDulinski

imagem de Agnaldo_Costa

Recomendação esperta!

Prezado Marne! Gostei muito do seu comentário. Quanto à recomendação, acatei-a de imediato. Fico-lhe muito agradecido. Visitarei suas obras, aguarde-me... 

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