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Duas
Duas
A imagem que surge é altiva, imponente.
Passos firmes, cabeça erguida, prepotente
Segura e confiante, firme nas decisões
Distraída nas ruas, imune a paixões
Eles querem se aproximar, lhe falar
Mas se assustam com seu olhar
Vestida com uma armadura a se proteger
Talvez de si mesma, de seu querer
Sorri, acena, cumprimenta e se vai
Sem olhar para trás, sem se importar
Com quem pensa um dia em lhe encontrar
Mas no santuário do quarto a máscara cai
Se despe da imagem que ela mesmo criou
E nua, fragilizada e em completo desamparo
Chora por tudo que o tempo levou
O amor que dilacera o peito, a saudade que sufocou
A tatuagem da face que a mente gravou
O dilema de não esquecer a quem sempre amou
Foge dos braços e dos abraços, da mudança
Enrolada nos lençóis, acuada criança
Que todos admiram, pela força e determinação
Não a vêem sucumbida, desprovida da razão
Duas faces, duas mulheres, duas vidas distintas
A personagem admirada
A verdadeira amedrontada
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Comentários
Re: Duas
A tatuagem da face que a mente gravou
O dilema de não esquecer a quem sempre amou
Foge dos braços e dos abraços, da mudança...
um pensamento bem forte quão conciso!!!
:-)
Re: Duas
"Chora por tudo que o tempo levou
O amor que dilacera o peito, a saudade que sufocou
A tatuagem da face que a mente gravou
O dilema de não esquecer a quem sempre amou
Foge dos braços e dos abraços, da mudança
Enrolada nos lençóis, acuada criança
Que todos admiram, pela força e determinação"
Lindissimo, um quadro q se vê, q se sente e q se chora...
Beijinho tão grande em ti, Gisa
Inês
Re: Duas
Enrolada nos lençóis, acuada criança
Que todos admiram, pela força e determinação
Não a vêem sucumbida, desprovida da razão
Duas faces, duas mulheres, duas vidas distintas
A personagem admirada
A verdadeira amedronta
Escolhi este final que adorei ler, os meus parabéns Gisa pelo facto da partilha
Um enorme beijo de carinho
Melo