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Lágrimas de cera...
Fecha os olhos,
as pálpebras abraçam-se molhadas,
doridas, embebidas em lagos,
implorando afagos q não chegam...
Fecha todas as luzes à sua volta...
Envolta em escuridão,
sente-se outra...
Pode fazer de conta q tem outros nomes,
outras historias,
outras memórias,
outras dores...
Acende uma vela,
o fogo do pavio contrasta
com o branco puro e frio da singela vela gasta...
Sua única companhia na melancolia
do luto da escuridão...
Confessa-lhe todos os medos,
numa espécie de reza...
A vela ouve com atenção,
não a despreza...
A cera da vela escorre,
numa espécie de gelatina
opaca e quente...
Ela estende os dedos,
apara a gota pequenina,
deixa q a lágrima de cera
seque no seu indicador...
Pela primeira vez ela sente
q algo se identifica com a dor,
q é só dela..
A vela entende...
A vela, como ela,
também chora, por amor...
Inês Dunas
Libris Scripta Est
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Poesia :
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Comentários
Re: Lágrimas de cera...
Inês,
Adoro tuas metáforas. A forma como cria o contexto e o desenvolve com maestria, uma mistura de rima, poesia...
Adorei
Bj
Re: Lágrimas de cera...
Libri,
Lindo poema
do luto da escuridão...
a vela ouve com atenção.
Palavras proferidas, alma em portas abertas.
bjs
Cecilia Iacona
Re: Lágrimas de cera...
LINDO POEMA, GOSTEI DEMAIS!
SOLIDÃO, AMOR, DESABAFOS, COM SUA AMIGA VELA, QUE PRESUMES TAMBÉM SENTIR DOR!
FEZ LEMBRAR-ME, DO MESTRE FERNANDO PESSOA!
Meus parabéns
Marne
Re: Lágrimas de cera...
Teu poema pôs-me a pensar como ficaria o rosto de uma estátua de cera de um museu, se ela chorasse.
Uma bobagem que ocorreu-me de repente.
Parabéns, gostei muito.
Beijo,
REF