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Meta(fisica)...

Fim...
Vestígio vertiginoso,
calam-se os gumes,
choram navalhas...
Há sempre um velho que se encontra nas rugas do nosso rosto...
Um, dois, três
desejos por despir...
Mortalhas de sonhos
jazigos mordazes,
ferozes,
abrigos de covardes...
Há sempre um sonho que se perde nas muralhas do nosso conforto...
Cabrummmmm...
Relâmpagos trémulos
debaixo da cama
com medo do amor...
Os trovões ralham
num silencio absurdo, surdo.
Lá fora a esperança dança...
Nua, provocante,
envolvente, sufocante,
crua...
Tua...
E os corpos fogem no chão
numa procura ausente
de serem sombras...
Há sobras de emoções
em toalhas velhas de piqueniques...
E nós depenicamos-nos
com medo de nos devorarmos
em ilusões e paixões
eternas...
Os homens temem e teimam aquilo que desconhecem...
Pim pam pum
as pernas são metralhas
de metralhadoras castradas...
Já não correm,
morrem aos pés dos pés...
E tu em vez de as chorares
tentas planta-las outra vez
no fundo da tua alma
para crescerem junto a ti...
E eu balanço-me de ancas inacabadas
à espera da quimera do nosso motivo
esquivo de ser...
A morte da meta desperta o principio!

Inês Dunas
Libris Scripta Est

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quinta-feira, setembro 16, 2010 - 00:50

Poesia :

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Librisscriptaest

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Comentários

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Re: Meta(fisica)...

Depois do fim outro principio. Há de haver um fim do principio que começou. Porque se não há ciclos não há equilibrio. Mas o ser humano é teimoso e conservador. Quer por força tantas vezes fazer perdurar o que já vai no fim...e do plantio do que é moribundo nasce a aberração e a dor, instaura-se a ficção e a instabilidade...porquê tanto medo da mudança de estado? A morte não é fim...só portão...

imagem de ÔNIX

Re: Meta(fisica)...

E os corpos fogem no chão
numa procura ausente
de serem sombras...

Um poema que a meus olhos me desperta para um único sentido da meta. O princípio de que haverá sempre vários fins e começos e recomeços, apesar das nossas fugas, dos nossos medos, dos nossos contrários dos nossos revezes.

Há sobras de emoções
em toalhas velhas de piqueniques...
E nós depenicamos-nos
com medo de nos devorarmos
em ilusões e paixões
eternas...
Os homens temem e teimam aquilo que desconhecem...

Uma certeza é que não temos a vida a nossos pés, e limitamos-nos a transferir os medos para um lugar comum onde as almas descansam.
Aí serão revisitados todos os pontos de encontro e afastadas as multidões que se amontuam, sempre que nossos olhos se abrem para um ponto único..Nós

Beijo linda In~ês

Adoro o que escreves

Dolores Marques

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