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O derradeiro ato
Ando fujida de mim...
Já patenteei a minha insanidade
Não corro o risco de me ver invadida
Pela curiosidade alheia
Se nem eu me sei desvendar
Por baixo do véu dissimulado
Da minha insensata imperfeição
Se eu me encontrar...
Desafio a lei da gravidade
Caio do pedastal onde me escondo
E uma vez revelada a minha pequenez
Quem sabe, não solto a borboleta que há em mim?
E vivo a ilusão da efemeridade
Num voo que me leva à conquista do meu sonho...
Longe de mim querer evadir-me de quem sou
Se é meu o direito à metamorfose
Qual mariposa em verso e prosa
Ensaiando o derradeiro ato da ficção
Nas margens do rio da liberdade.
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Comentários
Nunca nos conhecemos
Nunca nos conhecemos totalmente
Quantas vezes fugimos da verdade?
Daquela que esta mesmo debaixo do nosso nariz,
Caímos, levantamo-nos.
Arrisca-mos.
Para como a borboleta renascer,
Adorei tua poesia,
Beijo
fuga interior
Um tema que vez por outra parece percorrer o espírito humano este da evasão de si próprio, dos sonhos e até da vida.
Talvez intuitivaMente bebamos nalgum restício de espiritualidade não totalmente esquecida.
Há uns 6 anos atrás escrevi uma prosa (quero tirar férias de mim próprio) que ao que me recordo levantava algumas destas questões aqui tratadas.
E lembrando bem, é um assunto ao qual merece a pena voltar um destes dias.
De perdas e reencontros trata a nossa existência, quer o desejemos ou não.
Envio um abraç0o!
Abilio