CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Pai nosso dos violinos
Vivia no limbo e descuidava o corpo ás vezes com sangue…
Era uma estátua quieta com poemas de sede pintados nos lábios.
Vermelhos os ocasos sopravam tépidas orações de violino nas ondas…e o mar…
Traiçoeiro era uma pauta que punha aos dias uma clave de sol.
Então anoitecia e tinha pelas sombras fracções de um olhar misantropo.
Condescendia um afago de espectro na baía onde atracava a alma… e podia-lhe então soprar sacarino o silêncio com muito vagar para não fugir.
Dizia-se feitiço nos olhos distantes.
Que nunca sequer ousaria ditongos, como ideia, de lhe ser e tocar.
Por essa altura ali perto aprendia a nadar no oceano do génio…
Não pensaria sequer que voaria pelas águas a plantar horizontes.
Toquei-lhe nos versos a fumar névoas nas madrugadas insónias.
O nosso livro é uma contracapa com preâmbulo unívoco.
Hoje ouvia cantar na praia ao sul dos meus ocidentes…
Aportava uma lira de coragem na súplica dos mares amplexos.
Cheirei-lhe o útero sideral numa viagem ao cume dos seios.
A boca apeteceu beber toda água do mar para estar perto…
Os violinos oravam na praia ao redor dos cuidados…
Como um pai-nosso que não desvia o olhar das nossas ausências bravias…
Vivia no limbo e descuidava o corpo ás vezes com sangue…
Vesti-me de iodo para sarar as feridas amantes.
Das almas loucas dividimos o cálice no vinho das mágoas.
Aprender a nadar para transpor a latitude das aguas…
Nunca ninguém está sozinho…
Enquanto os violinos tocarem.
Quero-te.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 688 leituras
other contents of Lapis-Lazuli
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/ - | 3517 | 1 | 3.692 | 03/13/2018 - 21:32 | Português | |
Poesia/Aforismo | In Vapore Sano | 4 | 2.823 | 03/13/2018 - 21:32 | inglês | |
Poesia/Aforismo | Era só isto que eu queria dizer | 1 | 2.480 | 02/27/2018 - 10:22 | inglês | |
Poesia/Aforismo | salgo :33 Isaías sonha que aos fala aos camones | 0 | 2.055 | 06/20/2014 - 15:41 | inglês | |
Poesia/Geral | Boca Do Inferno | 0 | 5.595 | 07/04/2013 - 22:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | veludo | 3 | 2.617 | 05/15/2013 - 17:34 | Português | |
Poesia/Aforismo | Segundo Reza a Morte | 0 | 2.511 | 10/04/2011 - 17:19 | Português | |
Poesia/Meditação | Fumo | 0 | 2.403 | 09/23/2011 - 12:00 | Português | |
Poesia/Aforismo | De olhos fechados | 3 | 2.820 | 09/20/2011 - 22:11 | Português | |
Poesia/Aforismo | Tundra | 0 | 2.393 | 09/20/2011 - 16:36 | Português | |
Poesia/Meditação | Vazio | 3 | 2.461 | 09/16/2011 - 11:00 | Português | |
Poesia/Aforismo | Intento | 0 | 2.005 | 09/05/2011 - 16:52 | Português | |
Poesia/Aforismo | Palma Porque sim...Minha Senhora da Solidão | 0 | 2.330 | 08/29/2011 - 11:13 | Português | |
Poesia/Aforismo | Editorial | 0 | 2.470 | 08/29/2011 - 11:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Ermo Corpo Desabitado | 0 | 2.656 | 08/29/2011 - 11:04 | Português | |
Poesia/Aforismo | Dos passos que fazem eco | 1 | 2.115 | 06/21/2011 - 22:06 | Português | |
Poesia/Meditação | Autoretrato sem dó menor | 3 | 3.774 | 03/28/2011 - 23:34 | Português | |
Poesia/Aforismo | Todo o mundo que tenho | 2 | 2.460 | 03/09/2011 - 08:23 | Português | |
Fotos/ - | 3516 | 0 | 4.312 | 11/24/2010 - 00:55 | Português | |
Fotos/ - | 3518 | 0 | 4.002 | 11/24/2010 - 00:55 | Português | |
Fotos/ - | 2672 | 0 | 5.475 | 11/24/2010 - 00:51 | Português | |
Prosas/Outros | A ultima vez no mundo | 0 | 2.491 | 11/18/2010 - 23:56 | Português | |
Prosas/Outros | Os filhos de Emilia Batalha | 0 | 2.689 | 11/18/2010 - 23:56 | Português | |
Poesia/Desilusão | Veredictos | 0 | 2.458 | 11/18/2010 - 16:41 | Português | |
Poesia/Intervenção | Nada mais fácil que isto | 0 | 2.438 | 11/18/2010 - 16:41 | Português |
Add comment