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Rap-tô indo
Vou fazer um rap pra vocês,
Porque vocês são meus
E eu sou de vocês,
Meu Deus o que é que eu faço
Pra contar pra esse povo
Que eu pretendo sair, breve desse espaço.
Escuta aqui galera,
Foi bom enquanto durou,
Mas agora chega
Agora eu vou
Nem eu estou acreditando
Que isso está acontecendo
E que não agüento mais
Ver meus manos morrendo
E a cada dia me sinto acuado
Pela covardia,
Que rola em minha frente
Ou pode ser do meu lado,
Não importa seja lá que lado for
Mas, assim ta tudo errado.
São crianças sofrendo
Sem poder estudar.
E homens honestos chorando
Querendo trabalhar.
E eu de braços atados
Sem poder ajudar não dá,
Não da mesmo, eu não posso ficar.
Na semana passada.
Quase fui fuzilado
Sem motivo algum
Eu sou descriminado
Só porque sou do morro
Ou pelo cabelo enrolado.
Eu vou lá para o centro
Pra tentar melhorar.
A imagem da gente
Depois eu volto pra cá
Volto mesmo irmão bote fé
E que ta difícil encanar tudo
Também a minha mulher.
Quando não dá para sair
Pra comprar o leite, para botar no café.
Aqui o tempo passa
Sem você perceber.
Você dorme todo dia
Com medo de morrer
Tem dias que acordamos
No meio de tiroteio
E o jeito é se jogar
No chão do nosso banheiro
É o único lugar seguro
Que temos em nossa casa camarada
A parede dele tem
Uma imensa lixeira encostada,
Apesar do furdunço
Que empesta o ambiente
Lá nada me pega
A não ser uma dor de barriga
Que faz eu me cagar, de medo sei lá
Mas quem no meu lugar
Também não se cagaria
O negocio lá é cruel
Rola muita covardia, agora fui...
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Poesia :
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Comentários
Re: Rap-tô indo
LINDO, GOSTEI!
Meus parabéns,
MarneDulinski