Transformações

Quando te via, uma parte do meu eu absurdo, evocava a leve fragrância dos lírios brancos no teu regaço, das rosas escalartes nas tuas costas nuas e dos ciprestes inanimados enquanto passeávamos pela casa onde os dois amantes se beijavam efemeramente.

E esta breve evocação revelava pagina a página na minha alma um ardor que me ofegava e fazia tombar para a frente como um doente terminal.

Duas lágrimas caíram do nosso rosto em momentos separados e juntos lembrava-me vagamente deste momento como se fosse uma parte de mim, talvez uma inútil memória suspensa?

E o nosso passado invadiu-me o se numa crescente de arrependimento e... (um amor esquecido)...a desabrochar no meu coração saudoso por um beijo nos teus lábios.