De Comte a garota dentuça.

Ando lendo Comte e a sua lei dos três estados na evolução humana (teleológico, metafísico e positivo). Algo que mais achei interessante, e parei bastante para pensar sobre, foi a dificuldade encontrada por ele ao explicar o que ocorria em sua época (estado metafísico). A maior barreira não era toda aquela problemática em que a humanidade estava vivendo, e aquele contexto borbulhante de Revolução Francesa, mas sim tentar entender tudo e, ao mesmo tempo também, ser personagem. Era difícil analisar o contemporâneo, pois ele acabava perdendo um pouco da objetividade e cientificidade - era como tentar ler um texto estando com os olhos muito perto. Se bem que para Comte (pecando agora ao resumir sua teoria) estudar o passado também é complicado porque não se está mais nele. E o futuro? O futuro só trabalha com suposições!

Desculpem-me pela minha singela e petulante opinião (quem sou eu para desmerecer o genial trabalho do fundador da sociologia?), mas achei tudo isso desesperadamente cômico!

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Então, ainda falando nessa coisa do presente (e trazendo para o nosso contexto); é realmente engraçada a distorção (e supervalorização) que criamos para as coisas quando elas estão no momento right now, não é? Por isso digo: agir por impulsividade é bem tentador, mas o ideal é aguardar algumas horas para observar o caos um pouco de longe.

A verdade é que temos de entender, alguns fatos do presente serão como aquela garota dentuça da sexta série - na época, você, perdidamente apaixonado, morreria e mataria por ela, mas hoje mal lembra seu nome.