Extraviados

Lembro do tempo em que parti
Das ausências e das presenças
Das semelhanças dos rostos mediáticos
Dos farrapos vestindo a magreza ainda acesa
Por todos os donos do chão que eu pisava

(Magros os gestos no amanho
Da imensa e colorida terra firme
Acusada de desleixo
Pelo abandono dos seus antepassados)

Estranha forma essa que a sustenta
Alma errante num espaço inócuo
A fome alimentava-se no seu corpo
Etéreo círculo consumido pelo fogo

São braços que se erguem
Em nome de ideais esquecidos
Mas lembrados por todos
Os entes queridos que tombaram
No mesmo espaço
Ocupado que foi, mas desertor
Na copa de uma árvore que fita o céu
E arranha o ar com os galhos já secos

 

 

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Lunes, Noviembre 21, 2011 - 12:39

Poesia :

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ÔNIX

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Imagen de nunomarques

Olá Dolores, A lembrança como

Olá Dolores,

A lembrança como forma de permanecer ausente, viver, reviver, longe do corpo, longe de tudo.

É fantástica a tua poesia.

Beijo 

Imagen de ÔNIX

Olá Nuno   Agradecida por

Olá Nuno

 

Agradecida por tudo.

 

Saudades de ti, sabes?

 

beijo

Imagen de rainbowsky

Olá Ônix. Com a bela forma de

Olá Ônix.

Com a bela forma de escrever a que já me habituei a ler, esta meditação é de perfurar a carne até aos ossos e fazer arrepiar.

Muito, muito bom.

 

Beijo.

 

rainbowsky

Imagen de ÔNIX

rainbowsky,   Agradeço a sua

rainbowsky,

 

Agradeço a sua presença.

 

Beijo
 

Imagen de apsferreira

-há almas que vagueiam por o

Há almas que vagueiam por o seu espaço

sem em nada o alterarem...

Gostei da meditação,

:-)

Imagen de ÔNIX

 apsferreira,   Agradecida

 apsferreira,

 

Agradecida pela sua presença e pelas suas palavras

 

Abraço

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