De-composição

Puxo de novo do peito para fora,
Este coração que não bate.
Longe vai o tempo em que o amor era em mim arte,
Pintura a traço fino…

Grosseiro destino, é como lhe chamo agora.

Sorrio descontrolado,
Olho para o meio deste meu peito arrebentado,
E o que sinto é um cheiro a decomposto,
- Putrefacto sentimento -.
Não, não me dói algum lamento,
Nem sei do que isso é feito…
Conheço o cheiro do desgosto,
Mas este odor é tanto de rarefeito
Como aquilo que eu sou por dentro.

Eu não sou nada…

Sou o que vêem em mim:
Um homem que em si se mata,
Como se o amar fosse o final da madrugada
E a felicidade o sol que lhe põe fim.

 

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Sábado, Marzo 17, 2012 - 16:26
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Rui Costa

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Comentarios

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ce composições se trata.

DE composição em composição
vai o poeta marcando uma posição
de destaque.

Pela parte que em toca, sou apreciador deste estilo
que soma pontos na subtileza do humor negro.

Saudações

Abilio

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agradeço, Abilio. Um abraço!

agradeço, Abilio.
Um abraço!

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