Haveria Sempre Poesia, Nas horas loucas de maresia

Havia um certo sentido no afastamento
Um certo tremor de deslumbramento
Havia até as fadas que circundavam

Nos murmúrios que outras vozes calaram

Havia a pequenez de tentar ser gente
havia saliva e talento descrente
Faltava a voz de sopro vulcânico
Faltava o sangue, a veia e vinho balsâmico.

Havia o narcisismo de quem acha que pode
Havia a tentação de quem não se recorda
Faltava o tormento das horas mortais
Faltava o tempo para gastar em blogs e os demais.

calava-se sempre a virtude na incerteza
de no fundo e lá pelo fundo, não ter a certeza.
Eram as sombras dos desatinos do poeta!
Ou o adeus na imensa recta.

Outros eram em palmas castradas
Em jubilos insatisfeitos...Ah, loucos preceitos!
Na rima que não vinha, nesse comboio de Janeiro
Nesse campo ao abandono sem jardineiro.

Nunca mais esse tempo, foi o meu primeiro!

E parado foi ficando priseioneiro
Loge das ondas de maresia
Longe de contos, trovas ou..

Seria o verdadeiro?

Que se faça silêncio agora
nos restos fúnebres do medo que morre
nada mais tenho a memorizar
Que não passarei outra vida a Poetar...

 

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Miércoles, Abril 18, 2012 - 15:15

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Mefistus

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Comentarios

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Muito

Muito bom...

abraços...

....)...(@

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Havia o sonho, que se erguia

Havia o sonho, que se erguia em trovas…
Onde se parecia conquistar um mundo.

“Seria o verdadeiro?

Que se faça silêncio agora
nos restos fúnebres do medo que morre
nada mais tenho a memorizar
Que não passarei outra vida a Poetar...”

Gostei muito de te ler,

Beijo

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