Os meus ferrolhos

Eu até gostava de escrever,
Olhar as gentes com olhos de ver
(Ou apenas de forma fugaz, tendo visto, eu, já tanto para trás
Que agora tudo me surge igual, da mesma cor, com o mesmo cheiro a bafio).
Escrever deixou então de ser um desafio,
E o que dantes me inspirava,
O que me fazia escrever por tudo e por nada,
Sentindo ou não,
Ora sincero ora aldrabão
(Sobretudo no que de mim vos dizia),
Tornou-se apenas uma velha fantasia
Que realizei e que já nada mais me proporciona.
Escrevo esta última vez
Porque escrever já não me emociona
Nem nada...
Se dantes escrevia até de madrugada,
Hoje adormeço depressa:
Foram-se as questões que ao sono pediam meça
E acordo sempre sem receio de abrir os olhos,
Pois as palavras a que eu dava liberdade
Eram apenas, de verdade,
Os meus ferrolhos.

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Martes, Mayo 7, 2013 - 22:19
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Rui Costa

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Olá caro Rui, venho-o

Olá caro Rui, venho-o parabenizar e faço votos que continue a escrever pois gosto da forma como elabora as suas composições e confesso que sigo os seus textos com muita satisfação

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Obrigado, um abraço!

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