UM DIA EU TAMBÉM ERREI
pois toda fonte para mim estava ungida.
Respirei na água a brisa das tardes
e vi nesse frescor o conceito das verdades.
Eu sorri para o clarão do arrebol
e me queimei ao tocar a mão na luz do sol.
Eu molhei os meus doídos pés na areia
e ali descansei minha alma que a paz anseia.
Eu me feri no aço da adaga de aguda ponta
e sangrei a minha frágil derme além da conta.
Caminhei pelo sol quente sem procurar atalho
e à noite me banhei com as gotas do orvalho.
Me molhei com a chuva que veio do horizonte
e me encharquei na enxurrada desta fonte.
Eu me seguei ao olhar a imensidão do mundo
e me senti sem respirar, imerso em mar profundo.
Ao entender o cantar e decifrar o gorjeio das aves,
eu consegui passar o portal mesmo sem chaves.
E o outro lado era igual ao nosso, totalmente igual:
realidade, mistério, alegria, e sofrimento abissal.
Sou poeta na mensagem, no meu choro, no meu grito.
Para falar eu nem penso, só declamo, eu admito.
Então, me desculpe se hoje eu não te agradei
É que sempre eu acerto. Um dia eu já errei.
J. Thamiel
Guarulhos, 10.12.19
09:59h
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