Pequenos ruídos de uma alma inquieta na manhã do tempo

Nem mesmo o silêncio de uma eternidade era capaz
Nada poderia dispersar aqueles olhos insensíveis
Que insistia em olhar para o vazio do infinito
Na manhã silenciosa de uma primavera qualquer.

Até os pássaros evitavam levantar voos rasantes
Não desejavam ser atingidos pelas flechas da desilusão
Ouvia-se o lamento de alguém que estava as escondidas
E pequenos ruídos de uma alma inquieta na manhã do tempo.

Disseram que ninguém poderia fazer nada para ajudar
Uma vez que cada pessoa escolhe o seu próprio destino
E quem era eu para dizer o contrário disso tudo
Quando o mundo a sua volta parecia estar em erupção.

Lanças de pratas cortavam os céus com violência
E as borboletas tentavam sobreviver a fúria das rosas
Em um jardim que tentava manter o perfume das flores
Sem saberem que tudo não passava de uma ilusão perdida.

Calou-se diante da magnitude dos sonhos desfeitos
E imaginou uma outra realidade que parecia distante
Sabia que a jornada seria longa e solitária
Mas desejava alcançar aquela tal liberdade prometida.

Cruzou os desertos escaldantes da solidão
Sentia a alma sedenta pelo refrigério do amor
Lutou contra os monstros imaginários de sua mente
E viu além do horizonte a luz que tanto desejava.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Martes, Marzo 23, 2021 - 21:07

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 horas 53 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 19384

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos Um tipo de silêncio 7 331 06/14/2025 - 14:55 Portuguese
Poesia/Desilusión A ausência revela 7 314 06/13/2025 - 19:49 Portuguese
Poesia/Intervención Antes do começo 7 391 06/12/2025 - 18:41 Portuguese
Poesia/Intervención O silêncio nas engrenagens 7 427 06/11/2025 - 19:04 Portuguese
Poesia/Dedicada É preciso andar devagar em Cáceres 7 512 06/10/2025 - 22:30 Portuguese
Poesia/Meditación Por mil anos 7 443 06/10/2025 - 18:40 Portuguese
Poesia/Intervención De olhos bem fechados 7 459 06/09/2025 - 19:52 Portuguese
Poesia/Desilusión Tão sozinho 7 444 06/08/2025 - 14:58 Portuguese
Poesia/Amor O amor não responde perguntas 7 566 06/07/2025 - 21:44 Portuguese
Poesia/Desilusión Não sei dizer adeus 7 619 06/06/2025 - 23:39 Portuguese
Poesia/Meditación Nem tudo é loucura 7 2.531 06/06/2025 - 02:41 Portuguese
Poesia/Pasión Suavemente 7 535 06/05/2025 - 22:40 Portuguese
Poesia/Amor Quando a noite me leva até você 7 475 06/04/2025 - 18:50 Portuguese
Poesia/Pasión Esse amor silencioso que sinto 9 764 06/04/2025 - 18:49 Portuguese
Poesia/Desilusión Estar perdido 7 573 06/02/2025 - 22:25 Portuguese
Poesia/Desilusión Decadência 7 576 06/01/2025 - 14:01 Portuguese
Poesia/Pensamientos O eco dos esquecidos 7 1.067 05/30/2025 - 21:52 Portuguese
Poesia/Amor Quem ama de novo 7 662 05/29/2025 - 23:13 Portuguese
Poesia/Meditación Nem todo labirinto 7 677 05/29/2025 - 19:07 Portuguese
Poesia/Meditación Invisível 7 599 05/28/2025 - 18:25 Portuguese
Poesia/Meditación Prefiro fugir da zona de conforto 7 534 05/27/2025 - 19:21 Portuguese
Poesia/Amor Tão profundo como os mistérios do mar 7 758 05/27/2025 - 00:54 Portuguese
Poesia/Intervención Uma geração que não pensa 9 394 05/27/2025 - 00:45 Portuguese
Poesia/Meditación O esconderijo da infância 7 681 05/25/2025 - 18:37 Portuguese
Poesia/Intervención A leitura é esconderijo 7 560 05/24/2025 - 20:00 Portuguese