O homem que amava a raça humana

Nem todos estão sujeitos aos encargos da felicidade
Haverá sempre alguém na penumbra
Alguém que vai puxar o tapete de outro
Ou jogar taxinhas para furar os pneus
Ou jogar os corpos nos latões de lixo.

Flores ao entardecer não convence alguns
Quando a fumaça sobe no alvorecer
Há sinais de que as lutas não serão vencidas
Por quem não sabe lutar as batalhas
E fazem o tempo parar para os outros.

Pobres desgraçadinhos não são bem-vindos
Famintos que param os transeuntes nos semáforos
Homens de bronzes que fazem festas escondidos
Que forçam mulheres realizarem seus desejos sórdidos
Nas madrugadas frias de um inverno qualquer.

Se queres que alguém segure seu cavalo
Grite com todas as forças de seu pulmão
Só será ouvido por ouvidos toscos de cabeças ocas
Quando o som for mais alto do que as vozes
No tempo de onde as flores já caíram no chão.

O homem que amava a raça humana não pensava direito
Já estava na meia-idade do diabo e cansado
Ele subia ligeiro a grande colina da ilusão
Onde desejava abrir seu coração para todos
E dizer que apenas um livro absurdo poderia ser lido.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Lunes, Noviembre 7, 2022 - 21:36

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Conectado
Título: Membro
Last seen: Hace 1 hora 12 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 19504

Comentarios

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Meditación Controle 0 3.932 01/12/2016 - 20:02 Portuguese
Críticas/Cine Solidão e desespero do homem sem Deus – Uma análise do filme Taxi Driver 0 16.122 01/08/2016 - 19:14 Portuguese
Poesia/Amor Uma Eternidade Numa Pequena Fração de Tempo 0 805 01/08/2016 - 19:05 Portuguese
Poesia/Amor Como os ponteiros de um relógio 0 2.236 01/08/2016 - 19:03 Portuguese
Poesia/Meditación A Pedra 0 3.695 01/06/2016 - 20:59 Portuguese
Poesia/Amor A melodia de uma canção eterna 0 3.271 01/04/2016 - 22:03 Portuguese
Prosas/Pensamientos Quero subir o mais alto que eu puder 0 6.890 12/22/2015 - 15:18 Portuguese
Prosas/Pensamientos Vale a pena ter nascido 0 7.315 12/22/2015 - 15:15 Portuguese
Poesia/Amor O que vejo em seus olhos 0 2.713 12/22/2015 - 15:13 Portuguese
Poesia/Meditación Que sociedade é essa? 0 3.351 12/21/2015 - 20:13 Portuguese
Poesia/Amor Que minha alma consiga expressar a razão do meu amor 0 3.931 12/14/2015 - 19:20 Portuguese
Poesia/Desilusión A solidão me ajuda a caminhar 0 2.658 11/24/2015 - 01:07 Portuguese
Poesia/Meditación O Doce Amargo da Tragédia 0 2.814 11/16/2015 - 21:49 Portuguese
Poesia/Amor Se distante de mim você sorrir 0 4.338 10/28/2015 - 02:28 Portuguese
Poesia/Pensamientos A agonia de querer ser livre 0 5.499 10/22/2015 - 02:30 Portuguese
Prosas/Lembranças Poema de amor não correspondido 0 7.510 10/17/2015 - 02:18 Portuguese
Poesia/Meditación Corra com os cavalos 0 5.075 10/16/2015 - 02:18 Portuguese
Poesia/Meditación Tudo no mundo são sombras que passam 0 2.652 10/06/2015 - 15:36 Portuguese
Poesia/Tristeza Não te encontrarei antes da noite 0 1.676 10/01/2015 - 02:12 Portuguese
Poesia/Pasión Ejaculei o desejo 0 4.377 09/24/2015 - 18:02 Portuguese
Poesia/Desilusión Recuso a despedir-me 0 3.724 09/24/2015 - 17:55 Portuguese
Poesia/Meditación Acredite no impossível 0 4.740 09/24/2015 - 03:46 Portuguese
Poesia/Tristeza Labirinto 0 2.704 09/23/2015 - 01:55 Portuguese
Poesia/Fantasía A serpente entre os livros 0 4.922 09/21/2015 - 18:59 Portuguese
Poesia/Amor Coração confuso 0 2.788 09/14/2015 - 22:13 Portuguese