Porcos no poder

O passado que devora todas as lembranças
Que consome a esperança de futuro
Onde os pés são arrastados pelas areias
Levados ao buraco negro da escuridão eterna
Não nos serve de guia para as novas ilusões
Apenas de guia do caos para o desespero.

Não se pode saciar a fome poética
Apenas com os cérebros intactos da juventude
Quando procuramos meios de subversão
Precisamos contar com as desilusões dos anciões
Dos que viveram além dos mil dias de solidão
Porque são os únicos que sabem a sensação.

Como viver nesse sistema tão instável
Onde quem não é ninguém pode tornar-se alguém
Que irá pisar nas cabeças pensantes com violência
E o que se ouvirá depois são os gritos de horror
Que ecoa dos pensamentos de resignação
Porque o mundo vai estar de cabeça para baixo.

Não é nada fácil falar de justiça
Em um mundo onde reina a impunidade explícita
A falta de verdade e as inúmeras formas de violência
Que corrói a base sólida da sociedade
E não se dá ouvidos as vozes que clamam por liberdade
Porque os porcos no poder não permitem.

Faltam quatro horas para o fim do mundo
Em algum canto obscuro do universo
Onde as principais ideias de restauração foram corroídas
E totalmente despedaçadas por seres inescrupulosos
Sem nenhum pudor da inutilidade mortal da vida
Onde algumas vezes somos esquecidos pelo caminho.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Sábado, Mayo 25, 2024 - 13:40

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 23 horas 37 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 20308

Comentarios

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Intervención O que realmente importa? 7 5.953 05/02/2025 - 14:31 Portuguese
Poesia/Pensamientos O tempo é espelho 7 1.682 05/01/2025 - 13:33 Portuguese
Poesia/Amor Não é rebeldia 7 721 04/30/2025 - 21:13 Portuguese
Poesia/Amor Quando amar é um crime 7 2.248 04/29/2025 - 20:19 Portuguese
Poesia/Meditación O outro lado da História 7 1.517 04/28/2025 - 20:57 Portuguese
Poesia/Pensamientos A memória do meu futuro 7 1.596 04/27/2025 - 14:40 Portuguese
Poesia/Amor Alguns encontros 7 1.206 04/27/2025 - 03:36 Portuguese
Poesia/Desilusión Te amar me pesa 7 1.372 04/26/2025 - 02:32 Portuguese
Poesia/Intervención A geração ansiosa 7 817 04/24/2025 - 22:31 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte III - (O Que Veio Depois) 7 2.404 04/23/2025 - 20:16 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte II - (A Ruptura) 7 1.316 04/22/2025 - 21:17 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte I - (A Rotina) 7 705 04/21/2025 - 17:35 Portuguese
Poesia/Pensamientos Os caminhos da razão 7 1.498 04/20/2025 - 23:11 Portuguese
Poesia/Amor Próximo do infinito 7 677 04/20/2025 - 14:25 Portuguese
Poesia/Intervención Indubitável 7 976 04/19/2025 - 18:29 Portuguese
Poesia/Alegria Saber viver 7 1.128 04/19/2025 - 13:55 Portuguese
Poesia/Meditación Entre circuitos e silêncios 7 1.067 04/18/2025 - 13:36 Portuguese
Poesia/Meditación Vestígios em ruínas 7 481 04/17/2025 - 14:36 Portuguese
Poesia/Pensamientos Escultor de silêncios 7 1.530 04/16/2025 - 22:20 Portuguese
Poesia/Tristeza Tarde silenciosa 7 432 04/15/2025 - 21:08 Portuguese
Poesia/Desilusión A lembrança dela 7 279 04/14/2025 - 23:19 Portuguese
Poesia/Alegria Nas ruas de terra batida 7 1.321 04/13/2025 - 18:48 Portuguese
Poesia/Pasión Desejo no olhar 7 558 04/13/2025 - 13:37 Portuguese
Poesia/Amor Deixar de te amar? 7 1.292 04/13/2025 - 03:07 Portuguese
Poesia/Amor Janelas do ser 7 524 04/12/2025 - 02:22 Portuguese