Agosto (à Emile Zola)

Em meio à estação...

Despedem-se a gosto,
com a última tragada de cigarro
Na lareira e com uma taça de vinho,
na calçada cobre-se com uma folha de jornal,

Na soleira da janela uma flor num jarro,
sob a marquise um vazio prato de barro
Um olhar desfolha um livro “Germinal”,
outro olhar fixa o horizonte “Marginal”

Inverno ou primavera,
inferno ou quimera,

Esta é a vida, nua e crua,
falada, escrita e lida,
às vezes uma linda cotovia,
outras um quase todavia

Este é o instante, poético, lírico,
melodramático, lúdico,
talvez um canto de utopia,
ou um apito da ferrovia.

E uma nova estação (se anuncia)...

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 27/8/05.

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Jueves, Octubre 29, 2009 - 03:07

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AjAraujo

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Agosto, à Emile Zola.

"Esta é a vida, nua e crua,
falada, escrita e lida,
às vezes uma linda cotovia,
outras um quase todavia"

Imagen de MarneDulinski

Re: a)Agosto (à Emile Zol

AjAraujo!
Agosto (à Emile Zola)

Este é o instante, poético, lírico,
melodramático, lúdico,
talvez um canto de utopia,
ou um apito da ferrovia.

E uma nova estação (se anuncia)...
Meus parabéns,
MarneDulinski

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Agosto (à Emile Zola)

Muito bom,

Um especial poema!

Um abraço,
REF

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