Sou o meu algoz

Forte é o mar!
Eu por mim…sou frágil
Logro de imortalidade

Luto contra a morte
mas acabo pó
Pasta de argamassa
Caveira sem ossos
pela fé acossada
pelos próprios passos
Desonra que talha
a alma cansada
Neste labirinto
em que me perdi
num fado indigente

Já trevas não vejo
Levito por cima
da minha cegueira
da minha carcaça
deste corpo inerte
jogado para canto
À espera do dia
em que eu mesma seja
o meu maior algoz
juíz ou carrasco

Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
natural: Setúbal

Submited by

Miércoles, Febrero 10, 2010 - 22:16

Poesia :

Sin votos aún

Nanda

Imagen de Nanda
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 12 años 45 semanas
Integró: 10/23/2009
Posts:
Points: 2469

Comentarios

Imagen de mariacarla

Re: Sou o meu algoz

Forte á o mar... e ele que tanto inspira! O poema ficou tão bonito...

"Já trevas não vejo
Levito por cima
da minha cegueira
..."

Um beijo grande

Carla

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Sou o meu algoz

Nanda.

Nós carregamos nas costas o "pecado original".

Um poema verdadeiro.

Parabéns,
Roberto

Imagen de angelalugo

Re: Sou o meu algoz

Nanda minha querida amiga

Por vezes somos um pouco severos
conosco, mas a vida é linda e, é
olhando para dentro de nós mesmos
que vemos o quanto somos importantes
em nossa vida....
Um triste poema, mas de uma beleza
estonteante pela sensibilidade de
sua alma....

Beijinhos no coração

Imagen de Angelo

Re: Sou o meu algoz

As palavras só têm sentido quando são lidas!
Este é mais um de entre tantos,
lindos poemas...

Os meus parabéns amida
Um grande beijo Alcochetano para ti Nanda
Melo

Imagen de MarneDulinski

Re: Sou o meu algoz

LINDO POEMA, GOSTEI!
MEUS PARABÉNS,
Marne

Imagen de apsferreira

Re: Sou o meu algoz

Uma análise dura, de quem conhece
a vida e sente-se cansada. E, um pouco,
amargurada, com ela, talvez.
Um texto, muito bom,
em minha opinião.
:-)

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Nanda

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Meditación Entre mim e o vento 5 5.158 02/27/2018 - 12:26 Portuguese
Poesia/Intervención Marioneta 2 4.059 02/27/2018 - 12:24 Portuguese
Poesia/General O Condão 1 3.655 08/28/2012 - 16:58 Portuguese
Poesia/Meditación Carruagem do tempo 1 4.320 07/09/2012 - 07:26 Portuguese
Poesia/Intervención Os renegados 3 4.637 07/02/2012 - 15:11 Portuguese
Prosas/Otros Em repúdio aos claustros (elegia a Junqueira Freire) 1 4.022 05/31/2012 - 13:51 Portuguese
Poesia/General Sons da cachoeira 4 4.586 05/25/2012 - 18:16 Portuguese
Poesia/Fantasía O derradeiro ato 2 3.813 04/28/2012 - 21:55 Portuguese
Poesia/Fantasía Poema de água mel 5 3.311 04/21/2012 - 21:25 Portuguese
Poesia/Meditación Rios d´ alma 3 3.186 03/24/2012 - 18:52 Portuguese
Poesia/Fantasía Alcateia 2 4.133 03/17/2012 - 17:09 Portuguese
Poesia/Meditación Ninguém se cruza por acaso 6 3.634 03/17/2012 - 14:58 Portuguese
Poesia/Meditación Inconfidências 5 3.730 03/10/2012 - 15:05 Portuguese
Poesia/Tristeza Nas asas da fantasia 2 4.383 03/01/2012 - 23:36 Portuguese
Prosas/Comédia Haja paciência... 1 3.312 01/12/2012 - 12:06 Portuguese
Poesia/Meditación (In)casta 0 4.304 12/11/2011 - 18:56 Portuguese
Fotos/Eventos Cont(r)o_versus 1 7.773 12/10/2011 - 20:29 Portuguese
Poesia/Dedicada Arrábida minha 2 3.839 11/26/2011 - 18:52 Portuguese
Poesia/Fantasía Astro rei 4 4.433 11/22/2011 - 15:41 Portuguese
Poesia/Fantasía Metáfora 2 3.995 11/06/2011 - 20:13 Portuguese
Poesia/General Ao sabor do tempo 1 4.529 10/16/2011 - 19:10 Portuguese
Poesia/General (In)coerência 2 3.164 10/01/2011 - 17:07 Portuguese
Poesia/Fantasía Fantasiando 4 3.631 09/27/2011 - 07:26 Portuguese
Poesia/Tristeza Fios de sargaços 1 3.824 09/25/2011 - 23:21 Portuguese
Poesia/Fantasía Basto-me! 2 4.624 09/24/2011 - 17:25 Portuguese