Olhando pra atraz

Olhando pra atraz

Quantas vezes tenho que ser o mesmo homem
Quantas vezes tenho que pecar e ser perduado
Em igualdades que me absorvem
Me deixando completamente fatigado

De mim mesmo se calhar
Em dias que me perco pelo cansaço
Do mesmo e único olhar
Que me deixa só e vago

Entre erros e desculpas
Cometidos por mim
Em que minha alma disputa
Por um novo começo ou por um fim

E desisto desse progresso
Insignificante que tento proseguir
Nesses simples versos
Que conseguem tristemente ouvir

O cair das minhas lágrimas
Que caem sobre o chão que piso
E me intercalam no mesmo enigma
Que promove para o inferno e não o paraiso