O segundo Milagre - Capitulo II

II

Algures num despovoado na região Oeste de Portugal, 20 de Maio de 1484.

Num povoado feito de pouco mais de meia-dúzia de casas de pedra no meio do nada algures entre o Mosteiro da Batalha e o Castelo de Óbidos, Leonor deslocava-se na sua carruagem real a caminho de Óbidos onde estava instalada a pedido de seu esposo D. João II devido a suspeitas de epidemia de peste em Lisboa. Leonor vinha de ido comprar umas bugigangas à feira da batalha com toda a sua comitiva real – mais duas carruagens de apoio, seis pajens e vinte soldados destemidos tipo cruzados dispostos a morrer na luta até à morte pela sua Senhora Vinha também sua ama de confiança, Júlia. De repente, algo se apoderou da sua mente como que ordenando de um plano superior que tinha que parar naquele local imediatamente. Foi uma espécie de tremor que percorreu todo o seu corpo e mente falando com o mais inconsciente do seu entendimento dizendo-lhe;
- Pára imediatamente!
E ela assim o fez. Num impulso levantou-se do seu banco acolchoado forrado a peles de animais abriu a cortina e acto contínuo gritou lá para fora com uma voz que demonstrava toda a sua realeza e que não permitia qualquer discordância;
- Parem imediatamente!
Como uma viatura que embate de encontro a uma parede infinitamente densa de betão toda a comitiva susteve o passo e a respiração. Apenas os cavalos relinchavam em sinal de impaciência. A noite aproximava-se rapidamente por detrás da Serra dos candeeiros e não era muito boa ideia parar por aquelas bandas florestais à mercê de possíveis salteadores ou outras quaisquer ameaças transcendentes.
Júlia que dormitava há já algum tempo saltara como uma mola do seu aconchego logo após a ordem da sua senhora:
- Minha Senhora o que se passa? Tendes que ir cagar ou mijar?
Leonor esboçou um ligeiro sorriso e acenou negativamente antes de responder.
- Não. Não é isso. Confiava em Júlia como em mais ninguém e por isso disse-lhe.
- Tive uma sensação estranha Júlia. Algo me diz que tenho que parar aqui mas não sei bem porquê...
- Outra vez aquelas suas santas fezes apoquentando a sua alma?
- Alguma coisa, ou alguém precisam de mim.
Júlia correu ligeiramente a cortina da carruagem olhou lá para fora e pouco mais viu que verde-claro sobre verde-escuro e escuro sobre castanho-escuro que é o mesmo que dizer, arvores e mato por todo o lado, antes de responder:
- Que raio de importante pode haver aqui minha senhora? Ainda antes de Leonor responder ouviu-se o aproximar calmo quase troteado de um cavalo. Era o capitão da guarda. Um experiente homem de guerra que trava já muitas batalhas pelo seu país e agora já na fase descendente da sua vida fora destacado para a guarda pessoal da Rainha de Portugal. O silêncio abateu-se dentro da carruagem e foi logo de seguida interrompido pela voz grave e segura do guarda?
- Minha senhora. Peço desculpa interrompera mas se deseja beber água da fonte dos vales é melhor que se despache pois a noite vem aí e talvez fosse melhor chegarmos a Alcobaça ainda antes de o anoitecer. Calou-se. Dentro da carruagem Leonor sussurrou a Júlia de forma quase inaudível mais que segredando:
- Fonte? Existe aqui alguma fonte? Júlia encolheu os ombros em sinal de total desconhecimento e mantiveram-se caladas por mais um instante como pensassem em conjunto se seria essa a razão do pressentimento anterior de Leonor. Mas, tanto mistério, tanto secretismo, tanto medo de alguma transcendente revelação e no final tudo se resumia a uma fonte. Estavam ainda tentando perceber o que realmente se estava a passar quando do exterior uma tosse propositada do guarda anunciava uma rápida tomada de decisão. Leonor estava decidida:
- Sim é isso, desejo beber água dessa tão afamada fonte. Na rua do outro lado da cortina o guarda mostrou uma cara de – que ideia esta de uma fonte tão afamada – uma fonte como outra qualquer no meio do nada – mas que lhe interessavam os caprichos da realeza, se era esse o desejo de sua majestade, era essa a sua ordem. Perdido na sua divagação a porta da carruagem abriu-se a de lá saiu Leonor não antes de murmurar e Júlia para que esta permanecesse na carruagem pois sentia que apenas ela devia ir até à fonte. Júlia não concordou mas, claro é que a confiança que tinha com a sua senhora tinha um limite e esse limite estava definido em pormenores tão simples como um simples olhar de ficas aí e mais nada para o compreender melhor que ninguém.
Inevitavelmente tenho que fugir ao rumo principal desta história para falar de Leonor.
Leonor era uma mulher que irradiava nobreza e quando queria fazer cumprir a sua vontade bastava um seu olhar penetrante e ao mesmo tempo cativante para que as portas do céu se abrissem para a sua passagem. Um verdadeiro exemplo de Rainha que viria a ficar conhecida para a história como a Rainha Velha e que gozaria por todos os anos seguintes à morte, no ano de 1495, de seu esposo D. João II – o Príncipe Perfeito para os amigos e o Tirano para os inimigos, como refere José Hermano Saraiva na sua verdadeira história de Portugal.
Tentarei ser breve neste aparte pois, primeiro, não é assim tão importante para a mensagem principal disto que escrevo e porque como diria Suskind é muito fácil perder o fio à meada e não quero que se perca o sentido principal da coisa. Assim e o mais breve possível; Leonor era uma bela mulher atingindo o auge de toda a maturidade, sobriedade, e humildade, adjectivos os quais só uma verdadeira iluminada realeza com 26 anos podia ascender.
-No aspecto físico e se estivéssemos na actualidade era o que piro- piando se poderia chamar de “ alta louraça”, diz o outro que há em mim, tal diz como em Rafael de Alegre, ou nos Heterónimos de Pessoa e em tantos outros, porque afinal somos nós todos feitos de muitos outros, ou não? – Chega. That’s enough! Superiorizo a sua vontade e por isso te ordeno:
- Cala-te! Deixa-te de observações parvas e sem sentido! Deixa-me concentrar-me no que mais importa; a mensagem.
Continuando e devendo-lhe o devido respeito tinha todos os traços de uma beleza prefeita e clássica. Poria com um simples olhar todos os Amadis, D. Quixotes, Heitores, Romeus, Tristãos e tantos outros desesperados à beira de uma intangível vontade de amar que só os verdadeiros enamorados logram sentir. A sua beleza ridicularizaria qualquer homem ao ponto de se humilhar para ter um único olhar, para lhe ouvir o mais leve e imperceptível suspiro de esperança como fosse o sinal de partida para qualquer demanda impossível cujo efeito se suste em transcendente e inexplicável causa. A beleza cantada por tantos poetas desde os tempos imemoriais; o amor.
Longos cabelos ondulados brilhando louros tocando levemente seus nobres, equilibrados e esculpidos ombros que só uma mulher pode ostentar emoldurando um real rosto pálido adornado por ofuscantes e proeminentes olhos verdes-azulados brilhando por baixo de simétricas sobrancelhas louras. O seu nariz alongando na perfeição e na medida certa conduzindo até uma boca pequena mas não muito decorada com lábios vermelho-sangue lembrando as mais tocantes pinceladas na melhor pintura alguma vez mostrada ao mundo. O seu esguio, terno e macio pescoço mostravam uma singela juventude onde o pesar dos anos não operara como se uma ruga não ousasse ainda sequer pensar em fixar-se em tão tenra pele. Que visão.
Neste dia Leonor vinha vestida de forma simples e adequada a este tipo de viagem de lazer e benfeitoria que eram de resto as suas principais razões de viver sem excluir é claro a alegria de ver crescer seu querido filho D. Afonso.
Trazia o cabelo apanhado com uma rede decorada com jóias. Coisa simples. Servia mais o propósito de a proteger contra as poeiras que se incrustavam como lapas na rocha do que propriamente como elemento decorativo. Pode dizer-se também que estava na moda ou talvez até a moda já fosse outra mas, parece que a Portugal tudo tem chegado com alguns inexplicáveis atrasos até mesmo na modernidade por isso imagine-se no tempo em que as noticias andavam a cavalo mas, isso agora não interessa nada. Voltando ao mais importante. Acompanhando a fashion renascida das côrtes francesas e espanholas vestia, como uma luva que não apertava demasiado o látex às formas dos dedos da mão e tão só apenas ajustando-se logo abaixo de seus proeminentes seios, um simples e discreto vestido vermelho tijolo pálido mesclado com motivos floridos laranja acastanhados como aqueles horríveis cortinados e capas de sofás ingleses com a diferença de que a ela tudo lhe ficava bem. O vestido tocaria suavemente o chão escondendo a leveza de seus passos, calçados em grosseiros sapatos de couro mais apropriados à vida no campo que os mais leves de pele, criando a sensação de levitação. Sobre o seu sóbrio vestido de província vestia uma comum jaqueta castanha-esverdeada aberta com padrões florais rubros e botões madrepérola ou da cor das montanhas da lua cheia, ou dos vales, ou da mistura de ambos. Estão a vê-la cheia? Estão a visualizá-la brilhando nesse azul-escuro quase negro que é o universo infinito? Era essa a cor.
Finalizando. D.ª Leonor foi a nossa verdadeira Madre Teresa de Calcutá.
Uma nobre de sangue, sensibilidade, dignidade e modéstia de um camponês simples mas educado.
Pessoa distante dos exagerados, nauseabundos meandros coquetes de uma nobreza cada vez mais vazia de conceitos e ideais e apenas falsamente ostentando um feudo inexistente no nosso pais, ela preferia viver e ver in loco como vivia o seu tão pobre e infeliz povo num pais que se intitulava tão rico e tão poderoso. Se tantas promessas e feitos além-mar prediziam um futuro menos infeliz para o povo português baseado na usurpação nas riquezas desconhecidas de povos bárbaros – ou talvez apenas simples, sendo nós os verdadeiros delinquentes da nossa própria inconsciência – a eterna utopia de um futuro melhor… promessas, promessas, promessas…
Que mudou afinal?
- Parece que não é apenas o tempo que é inexorável (sem principio e sem fim – como infinito sem ter inicio - algo que existe sem a nossa interferência felizmente) mas, também a desnecessária, propositada, ou, não – pode ser apenas uma incapacidade natural posta à prova através dum povo incapaz de discernir os mais aptos num simples sufrágio universal a que também chamam eleições – também os governos os serão. Como num habitat natural, algum bicho é naturalmente mais forte e mesmo que alguém desejasse que as coisas fossem feita de outra maneira, da nada adiantaria porque, manda mais quem mais força tem ou quem influência é capaz de seduzir.
Leonor era naturalmente sensível ao seu meio (também ela era provinciana de Viseu; bela terra lá para o interior e onde muito de se troca o z pelo j) e como mulher justa e nobre que era agonizava-se com a realidade circundante.
- Tanta riqueza trouxeste até ti João e o teu povo onde fica no meio disto tudo? Questionava-se vezes sem conta.
- Tantos tesouros e conquistas além-mar sobre pretextos de civilizar os bárbaros na pratica cristã por todo esse desconhecido mundo bárbaro. Tanta fortuna enchendo as panças e cofres dos Srs. Donatários e a mendicidade paredes-meias, ali ao virar de qualquer esquina.
Leonor tentava numa lute de Golias contra David mostrar a seu esposo D. João II as necessidades de seu povo e não era que João não se interessasse por essas questões, apenas e infelizmente para o seu povo concentrava todo o seu esforço na Demanda dos Descobrimentos.
É justo dizer que também investia na agricultura, no desenvolvimento de infra-estruturas básicas mandando construir hospitais, escolas, bibliotecas e etc., etc. Mas, em abono da verdade isso não era suficiente pois, isso não estava ao alcance do cidadão comum, do servo, do escravo. Faltava-lhe o mais importante. Descer do seu pedestal real, abrir a sua cortina e ver o negro e pantanoso quadro que era o seu reino foras das paredes dos seus ricos e invejáveis castelos, palácios e jardins edénicos.
Essa árdua e penosa tarefa estava destinada a Leonor.
Através da abstracção mental de seus olhos desfilava, como um cortejo de horrores, a verdadeira pobreza, não essa que todos se queixam e que afinal sempre vai dando para viver sem passar fome, mais dívida menos dívida, mas a outra, aquele tépido fedor de uma infinidade de anos-luz sem banhos e sem cuidados spacensses numa imagem de mendigo corcunda curvado sob caixotes de lixo escolhendo as mais putrificadas iguarias.
Graças a Leonor e toda a sua dedicação criar-se-iam as primeiras misericórdias em Portugal. O primeiro esforço de auxilio para os carentes e necessitados criados pelos meandros pérfidos de uma sociedade que se continuam a afirmar como igualitária e cada vez mais equilibrada. Para esses infelizes acasos de os também cinicamente chamados frutos dos irremediáveis danos colaterais da permanente e necessária evolução das gentes cujas portas contudo permanecem irremediavelmente fechadas e surdas para as suas suplicantes cacetadas de sofrimento, surgiria como a verdadeira luz ao fundo do túnel ou como o inesquecível odor da terra que os fez nascer a aura infinitamente luminosa, esperançosa e boa da Rainha D.ª Leonor.
Voltando ao momento em que abandonei a diegese por tão justa e merecedora sublevação da figura atrás mencionada; distinta e elegantemente Leonor abria a portinhola da sua carruagem para dar ares da sua real graça perante a sua aborrecida criadagem que mais se impacientava com tão aparente desejo de sua majestade.
Indiferente a todo esse inferior sentimento de insatisfação pousava sobriamente os seus pés sob a poeira da estrada principal debaixo do cuidado tido pelo seu fiel protector e experiente Capitão da guarda, a Rainha.
Cá fora a luz do dia sumia-se lentamente e não tardaria mais que um para de horas até todo o meio circundante ser engolido pela mais profunda treva de uma noite sem luar e distante a anos-luz de precárias iluminações ao serviço de um povo que se quer vesgo de entendimentos. Até mesmo quarenta experientes guardas reais equipados com o último grito da tecnologia bélica (espadas robustas cegando com seu brilho luminoso, adagas e arcos a flecha usados para caçar qualquer coisita pelo caminho e mais nada, pois que se actualmente os portugueses até tem reconhecimento internacional no tiro com arco nunca de constou que Viriato andasse para armado em rouxinol dos bosques) – apanágio comum dos portugueses – sempre o último grito ouvido há talvez dez anos num outro país – como dizia, até mesmo esses valentes cruzados prefeririam passar a noite no Terreiro de Alcobaça que forçados acampar no meio de nenhures por obra, graça e capricho de sua alteza, sujeitos que estavam a ataques de ladrões, saltimbancos e outras bestas férteis nesse imaginário medieval.
Só o burburinho da conversa dos cavalos e do vento com as arvores quebravam o silêncio e a imagem em câmara lenta de Leonor pisando o chão quase sem o tocar e fitando quase instintivamente o carreiro que indicava o percurso até à fonte.
Nesse mesmo instante em que decidida e insegura avançava para a fonte o Capitão da guarda, o Vicente, levantou um braço e com sinais apenas compreendidos entre camaradas de armas, do tipo, abre a mão, dobra o polegar e depois mexe os dedos restantes como se fossem marionetas de dedo até que quatro guardas mais ligeiros desceram das suas montadas e imperceptivelmente, quase como se mexessem e avançassem sem sair do mesmo sítio foram colocar-se em posições estratégicas de modo a garantir o bem-estar da sua Rainha.
Logo ali à distância do olhar era possível ver o inicio do carreiro descendo uma ligeira encosta com pouco mais de 50 centímetros escavado na terra negra batida pelas incontáveis passagens de outras gentes serpenteando por entre os pinheiros e mato raso sobressaindo a mancha homogénea dos fetos até desaparecer num pequeno talude decorado a silvas e azedas a pouco mais de 80 metros. Mais uns vinte metros à esquerda e ali se encontravam a fonte envolta num intrincado silvado e canas grossas e viçosas desfrutando do mais puro líquido que a natureza tem para oferecer. Cheirava a terra e a água frescas e clorofila pura. A água brotava filtrada de dentro da terra e da ovalidade da nascente bailando e fazendo pequenos remoinhos com os grãos de areia até se lançar feliz e calmamente sobre a verdura exuberante e fértil feita de mil pinceladas de cores pintando as várzeas circundantes por cultivar na direcção do seu irremediável destino, o mar.
Por cima da nascente o mato por desbravar adensava-se iniciado por hortenses e azedas, silvas, canas e fetos até se tornar num indiferenciado de cores verdes acastanhadas assimiladas pouco a pouco pelas trevas trazidas pelo oriente àquele local.
Depois de informar o Vicente que pretendia deslocar-se sozinha á fonte e como este antecipasse que de nada serviria constatar o desejo da sua dona de novo levantou a mão e num sinal de dois dedos tipo peace-and-love apontados na direcção do carreiro dois guardas desapareceram por breves instantes para de novo surgirem olhando para o seu superior numa expressão de código: ok-está-tudo-bem-a-área-está-segura, Leonor avançou para apaziguar o seu tão inexplicável e súbito desejo, ou fosse lá o que fosse.
Assim como levitando, numa elegância que uma verdadeira Rainha possui, Leonor avançou serena e suavemente vereda abaixo até desaparecer logo ali no pescoço da serpente.
Um novo gesto de Vicente fez avançar até ao limite da camuflagem possível dada pelo mato um pouco antes da ligeira curva que escondia a fonte dois guardas. Estavam a um instante da sua Senhora se fosse necessário agir ou dar o alerta codificado em caso de necessidade. Contudo, nada na densidade do ar indiciava quaisquer preocupações – No ar não mas, e na terra?

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Lunes, Julio 6, 2009 - 23:25
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