Esvelta surge! Vem das aguas, nua

Esvelta surge! Vem das aguas, nua,
Timonando uma concha alvinitente!
Os rins flexiveis e o seio fremente...
Morre-me a bocca por beijar a tua.

Sem vil pudôr! Do que ha que ter vergonha?
Eis-me formoso, môço e casto, forte.
Tão branco o peito!—para o expôr á Morte...
Mas que ora—a infame!—não se te anteponha.

A hydra torpe!... Que a estrangulo... Esmago-a
De encontro á rocha onde a cabeça te ha-de,
Com os cabellos escorrendo agua,

Ir inclinar-se, desmaiar de amor,
Sob o fervor da minha virgindade
E o meu pulso de jovem gladiador.

Camilo Pessanha

Submited by

Jueves, Abril 9, 2009 - 23:47

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

CamiloPessanha

Imagen de CamiloPessanha
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 26 semanas
Integró: 04/09/2009
Posts:
Points: 150

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of CamiloPessanha

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil Camilo Pessanha 0 931 11/24/2010 - 00:37 Portuguese
Poesia Consagrada/General Final 0 701 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Voz débil que passas 0 665 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Se andava no Jardim 0 832 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Singra o navio. Sob a agua clara 0 782 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Ó meu coração torna para traz 0 683 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Esvelta surge! Vem das aguas, nua 0 861 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/Soneto Desce em folhedos tenros a collina 0 642 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/Soneto Tatuagens complicadas do meu peito 0 1.102 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Estátua 0 515 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Caminho 0 769 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Interrogação 0 634 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Viola Chinesa 0 703 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Castelo de Óbidos 0 640 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Violoncelo 0 661 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Ao longe os barcos de flores 0 684 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Fonógrafo 0 770 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General II A Morte, no Pego-Dragão 0 577 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General E eis quanto resta do idílio acabado 0 869 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Inscrição 0 616 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Passou o Outono já, já torna o frio... 0 737 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho 0 700 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Ao meu coração um peso de ferro 0 726 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Chorae arcadas 0 607 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Canção da Partida 0 721 11/19/2010 - 16:49 Portuguese