AURORA BOREAL

As lágrimas que corriam
Dos meus olhos e eu não queria
As frases que saiam do coração
E a garganta não dizia
As tristezas sufocadas
Por um sentimento de amor
Os limites que um sentimento
Pode conter numa dor
E a solidão acompanhada
De passos sem ver o chão
Caminhando numa estrada
Ao sabor da emoção
Assim mudei
Assim deixei de ser quem sou
Assim a minha vida mudou
Endureceu-me e eu não queria…
VER-ME DIFERENTE
DIZER A TODA A GENTE
O suspiro que não me sai
E de repente
Num acto desesperado
Mar salgado
Com ondas gigantes
Emoções distantes
Atira-me ao largo…
Luto contra a maré
Agarro-me a um acto de Fé
Que é a esperança que me anima
Naquela paisagem tão linda
Que contemplei ao amanhecer
Envolta em névoa uma cidade deserta
Que me continha
O sol a reflectir-se no alto das muralhas
Fazendo reflexos nas cruzes transpostas pelas vielas
Esta cidade é tão bela
Que dá gosto amanhecer
Só para sair e a ver
Caminhando alegre nas ruelas
Ouvir os pássaros
E querer tocar no sonho de viver um infinito…
Voltar a crer no que acredito
Sentir de novo emoções!