CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Sofrimento
Meu Deus, Senhor meu Deus, o que há no mundo
Que não seja sofrer?
O homem nasce, e vive um só instante,
E sofre até morrer!
A flor ao menos, nesse breve espaço
Do seu doce viver,
Encanta os ares com celeste aroma,
Querida até morrer.
É breve o romper d'alva, mas ao menos
Traz consigo prazer;
E o homem nasce e vive um só instante:
E sofre até morrer!
Meu peito de gemer já está cansado,
Meus olhos de chorar;
E eu sofro ainda, e já não posso alivio
Sequer no pranto achar!
Já farto de viver, em meia vida,
Quebrado pela dor,
Meus anos hei passado, uns após outros,
Sem paz e sem amor.
O amor que eu tanto amava do imo peito,
Que nunca pude achar,
Que embalde procurei, na flor, na planta,
No prado, e terra, e mar!
E agora o que sou eu? - Pálido espectro,
Que da campa fugiu;
Flor ceifada em botão; imagem triste
De um ente que existiu...
Não escutes, meu Deus, esta blasfêmia;
Perdão, Senhor, perdão!
Minha alma sinto ainda, - sinto, escuto
Bater-me o coração.
Quando roja meu corpo sobre a terra,
Quando me aflige a dor,
Minha alma aos céus se eleva, como o incenso,
Como o aroma da flor.
E eu bendigo o teu nome eterno e santo,
Bendigo a minha dor,
Que vai além da terra aos céus infindos
Prender-me ao criador.
Bendigo o nome teu, que uma outra vida
Me fez descortinar,
Uma outra vida, onde não há só trevas,
E nem há só penar.
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 594 leituras
other contents of AntonioGoncalvesDias
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | Gonçalves Dias | 0 | 1.522 | 11/24/2010 - 00:37 | Português |
Poesia Consagrada/Geral | Rosa no mar! | 0 | 1.159 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sempre ela | 0 | 1.214 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Se muito sofri já, não me perguntes | 0 | 1.047 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | Se se morre de amor | 0 | 2.132 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sobre o túmulo de um menino | 0 | 1.185 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Voltas e mortes glosados | 0 | 1.369 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Zulmira | 0 | 1.335 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Minha terra! | 0 | 1.381 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Não me deixes! | 0 | 1.059 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | No jardim! | 0 | 1.264 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | O Amor | 0 | 1.925 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O Gigante de Pedra | 0 | 1.124 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Oh! Que acordar! | 0 | 1.178 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Olhos Verdes | 0 | 1.184 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O que mais dói na vida | 0 | 1.136 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Palinódia | 0 | 1.135 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Pensas tu, bela Anarda, que os poetas | 0 | 1.571 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Que me Pedes | 0 | 1.193 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Retratação | 0 | 1.539 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Rola | 0 | 1.673 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Tempestade | 0 | 1.367 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | As artes são irmãs | 0 | 1.159 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | As duas coroas | 0 | 1.642 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Canção | 0 | 1.179 | 11/19/2010 - 16:54 | Português |
Add comment