CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Deixai-vos descer à vala,

Deixai-vos descer à vala,

Deixem descer à vala,
O corpo que vos deram,
Deixai-vos cair, como as coisas
Que se partem, reles, usuais

E os argumentos enterram-se,
Deixai-vos senhorios, morrer na terra,
Como é natural, numa concha
Onde a areia se infiltra, na campa

Se entranha, velada estranha,
Igual toda a espécie humana,
Deixem-se descer comuns à vala,
Ridículos, mesquinhos, profanos,

Infra-humanos sem futuro,
Falsos Profetas, obscuros e ciganos,
Réus d’sua própria fama,
Como manda lei, norma,

Nada é vosso, nem o corpo,
Mas tem de haver alma,
O corpo é uma montra,
Fixo-me a ver se a vejo,

Fico-me por tudo isso, cinza
O que não tenho, o que era físico
Grotesco mundano, insignificante
Cor de sangue, excepto

O que não vos deram,
Revela o absurdo e o que não se explica,
E uma maneira especial, invertida de
Mágoa, mudas criaturas se velam,

Ilógicas janelas estendem-se em silêncio
Sobre campos, enterrados
Órgãos humanos, fálicos olhos, órfãos
De mãe e pai, universais os sonhos,

A razão e o conhecimento, o instinto
Não morrem, de modo algum se enterram,
Deixem descer à vala o corpo, comum
Simples, profano, refugo, peste…

Joel Matos ( 3 Fevereiro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

sábado, fevereiro 6, 2021 - 21:40

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 21 semanas 1 dia
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42284

Comentários

imagem de Joel

obrigado pela leitura

obrigado pela leitura

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Aforismo maquina do tempo 0 9.292 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo cheiro de vento 0 8.592 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo sei 0 7.941 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo espanto 0 6.855 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo coraçaõ largo 0 6.178 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo sempre 0 5.074 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo quando 0 6.864 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo Balada para um turco 0 8.037 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Dedicado Francisca 0 10.186 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo tudo e nada 0 8.760 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Dedicado Priscilla 0 10.627 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo Asa calada 0 12.022 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo flores d'cardeais 0 10.260 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Dedicado Magdalena 0 9.332 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo peito Abeto 0 9.315 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo rapaz da tesoura 0 9.386 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo Koras 0 10.861 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo escrever pressas 0 5.055 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo não tarde 0 8.104 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo fecha-me a sete chaves 0 7.147 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Aforismo inventar 0 10.372 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Dedicado professas 0 9.493 11/19/2010 - 19:13 Português
Ministério da Poesia/Aforismo amor sen'destino 0 15.963 11/19/2010 - 19:13 Português
Ministério da Poesia/Aforismo andorinhão 0 10.718 11/19/2010 - 19:13 Português
Ministério da Poesia/Aforismo sentir mais 0 8.571 11/19/2010 - 19:13 Português