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Deixai-vos descer à vala,
Deixai-vos descer à vala,
Deixem descer à vala,
O corpo que vos deram,
Deixai-vos cair, como as coisas
Que se partem, reles, usuais
E os argumentos enterram-se,
Deixai-vos senhorios, morrer na terra,
Como é natural, numa concha
Onde a areia se infiltra, na campa
Se entranha, velada estranha,
Igual toda a espécie humana,
Deixem-se descer comuns à vala,
Ridículos, mesquinhos, profanos,
Infra-humanos sem futuro,
Falsos Profetas, obscuros e ciganos,
Réus d’sua própria fama,
Como manda lei, norma,
Nada é vosso, nem o corpo,
Mas tem de haver alma,
O corpo é uma montra,
Fixo-me a ver se a vejo,
Fico-me por tudo isso, cinza
O que não tenho, o que era físico
Grotesco mundano, insignificante
Cor de sangue, excepto
O que não vos deram,
Revela o absurdo e o que não se explica,
E uma maneira especial, invertida de
Mágoa, mudas criaturas se velam,
Ilógicas janelas estendem-se em silêncio
Sobre campos, enterrados
Órgãos humanos, fálicos olhos, órfãos
De mãe e pai, universais os sonhos,
A razão e o conhecimento, o instinto
Não morrem, de modo algum se enterram,
Deixem descer à vala o corpo, comum
Simples, profano, refugo, peste…
Joel Matos ( 3 Fevereiro 2021)
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obrigado pela leitura
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