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FUNERAL PROFANO


Nevava ainda
Na ausência da luz parda
Dura e triste do entardecer,
Caída no chão da estrada
Em pedaços de nada e de tempo.
Vazios que se partiram
Em estilhaços de vento
E água vadia que se perdeu
Do seu destino eterno.
O funeral passou sombrio
Devagar e respeitoso,
Com opas vermelhas a negar o luto.
Um leigo levava a cruz
Em funeral profano,
Que logo lhe foi arrancada pelo Padre da terra,
Mas de novo recuperada pelo povo,
Que em silêncio se arrastava.
Era uma herege! Dizia o padre já velho,
Era um ser humano, diziam as pessoas.
Levada ao seu destino, a dita herege,
Que veio e se foi ao entardecer
Dum dia de cólera desfeito
Quando já explodia a luz da lua,
Que magoava as almas exaustas,
Sossegaram as pessoas num amargo vazio
Mas sem sofrimento e de vitória.
 

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sexta-feira, julho 29, 2011 - 07:18

Ministério da Poesia :

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