Novas fronteiras

Na era de teclas

E emaranhados de redes,

Esquecemos das canetas

E dos lápis,

Tornamo-nos insensíveis

Ao branco do papel,

Ao cheiro da tinta,

Que imprime vez outra

Na cadência do pensamento

As vogais e consoantes

Para juntas formarem

As palavras.

Esquecemos o endereço

Dos amigos,

Preferimos o opaco

Vidro e as luzes da

Máquina a nossa frente.

Tudo é velocidade,

É copiar e colar,

Não percebemos que

O contato, a face a face

O ouvir das palavras

Fortalece-nos.

Mas desistimos de sair

E preferimos o “enter”

E o “delete”.

Vivemos no “cyberspace”

Mas é com os pés

Na terra que chegamos

Há algum lugar!