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É só o mundo

Meus pés não fincam sobre a casa como as raízes do Norte
O cèu é esticado e liso
E eu me desdobro a cada dia
em pontes que me constroem a alma
Alma em milhas certeiras e comidas por pés que não fincam na terra
Então me encontro com o oceano numa noite de tempestade
E com todas as feras de nossas eternidades ao derredor

Através dos portos e chamas que nascem nos peitos de todo cidadão
Eu sucumbo na corrente sanguínea mesclada à pó que corre pelos caminhos
E não me encontro na pátria sobre os traços que me consideram como humano

Porque você não diria a verdade se a tivesse na mão?
Porque você negaria a Deus ao ver o milagre dos sons?
Porque você negaria?

Todos estão demarcando seus arredores e mistificando mundo
Todos com medo da vida real
e da espera tediosa da morte
Todos têm receiam encontrar o propósito quando este é agridoce

E toda boca se comprime diante do século
E todo ser se distraí com atritos da natureza
E a natureza me dá o modelo
E o modelo deturpado é o sitema
no meu tempo
Meu tempo

Toda gente consegue se sobrepor
Os genes se mesclam doentios
Mas o mundo não parece terrível dentro do círculo sonoro

Porque você não diria a verdade se a tivesse na mão?
Porque você negaria a Deus se profere Divino Divino?
Porque você negaria?

Ainda não consigo me fincar feito as árvores
E os areais desta terra estão se deteriorando
Assim como os laços dos homens e o silêncio da terra
E todos os começos passando por reformulações

Quando o rei proclamar a ordem
Quando o rei proclamar a ordem
diremos que nada está perdido
Não há porque temer os poços desconhecidos
Nem os mergulhos na existência escassa de tudo oque se preza
e não se tem

Todas as hastes hão de ser suspendidas, juntas
Um dia...
Tudo será lento e temperado

Há coisas esporádicas no ser como a benevolência
Que se apoderam da atmosfera
Toda atmosfera
Que consome da terra ao corpo

Há árvores fincadas na terra
e peregrinos buscando solo fértil
Ele nunca encontra
Ou talvez os olhos não consintam com a certeza da alma
Então pode ser...
Pode ser

Porque você não diria a verdade se a tivesse nã mão?
Porque você negaria?

O que este louco está dizendo?
De que tempo ele vêm?
De onde ele vêm?

Ouça toda essa gente protestando sob a nossa sacada?
Veja toda essa gente?
Quanta gente?
E suas vozes soam tão oportunas quanto o som dos violinos
E toda esta desordem
Toda esta desordem me constróio os dias
Os dias

No passado eu disse:
"Não gosto de tolos e me calo diante de toda a gente"
Hoje estou gasto e crédulo

Enquanto me desdobrar serei invencível pelo tempo
E veja quanta gente e rugas?
Ainda conseguem enxergar e saber das coisas
Todos os que passaram pelas noites mais ermas

Os fios elétricos cruzam nossas cabeças
Meu bolso está furado e não há oque mastigar por aqui
Acho que devo rogar por um garça rara e doce

Nossoas camaradas pegaram uma harmonica e um intrumento de cordas
e embarcamos no navio para o oeste
No porão de ratos e mofo
Lá eu estava certo e revoltado

Ela apereceu e eu pude dizer que a amva
Não sabia mentir com o a cara
Então disse: "Se não a amo é porque me perdi"

A sobriedade desabou sobre mim como graça letal
E não soube mais pelo que rogar
Porque o sol nasceu e havia terra à vista

No círculo dos nativos com seus calçados elaborados
Estavamos disperços, sonoros
Nos abraçando a conceitos primários
Em crueza chamada tolice
Tolice de dignidade

Vamos elaborar um plano e mudar oque resta do mundo
Não temos certezas nem sapatos
Mas há algo para mastigar por aqui

Vejam que os gatos pretos cruzam nosso caminho
E ela que havia subido as escadas do navio voltou...
Eu não disse que a amava
e ela caiu sobre mim

Tudo que compreendia a doença dos tempos era suprimido
em uma mulher
E nos movemos sob a direção do vento brincalhão
Sob o céu laranja que gritava para a noite atroz

Senti tanto desejo de rogar por uma graça rara
Rara
Eu estava sonolento e doente
E ela caiu doente
E perdemos a harmonica
Todos os amigos se separram no caminho da costa

Como queriamos ver o mar sob a noite
Como queriamos
Mas o mar se voltou em rajada de vingança

Não o devíamos ter navegado
Lutado
ou construído palácios sobre as águas

Há um anel de fogo se desenhando na terra
E ele nos envolve e devorará
Ela disse que não temia nada
E eu disse que podia ver o futuro

Está tudo tão noturno que devíamos nos fechar com as mãos
Devíamos nos considerar por um momento

Ela sentiu medo dos presságios
E o nativo disse que o fogo estava chegando
E que não restaria nem um osso

Me mostre o que há para ver?
Esta é sua terra?
Diga cidadão, o que há para ver antes que o fogo se alastre?

As montanhas vão se mover como dizem?
O mar vai secar?
Perguntei com olhos baixos porque me doía a fome

Ora estou tão cinico que não posso chorar
Receio que não haja tempo para ver meu filho
Estou tão cínico que não posso chorar

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quarta-feira, janeiro 6, 2010 - 02:04

Poesia :

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COBBETT

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Comentários

imagem de Mpiosso-ye-kongo

Re: É só o mundo

Maravilhoso e genial.

adorei te ler.
um grande abraço

imagem de MarneDulinski

Re: É só o mundo

ME PARECE UM POEMA LINDO, MAS COMO É GRANDE DEMAIS, DEIXO PARA Lê-LO EM OUTRA OPORTUNIDADE!
Desculpe-me,
Marne

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: É só o mundo

Grande poema.

Parabéns,

Um abraço,
REF

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