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Confeitaria Nacional
A fome corria veloz na vontade de descer rápido e
um corte abrupto de direcções
rodou tangente à direita,
quando a aflição da charada galinácea entoou seca
na orde das sombras entradas na nacional confeitaria.
Descalçamos o transpirar sôfrego e
despimos a virtude enferrujada pelo
cio virgem das porcas da rua do carmo
com zelo de engraxador barato,
enquanto o leite batido, num amargo de chá gelado,
nos sufocava a vontade de prostitutas e,
num ápice azedo de surdez,
colocámos monstruosos
os cornos do diabo em cima da mesa.
Numa aparição dantesca gritámos: “avante!” e
trespassámos, sem coerência, a córnea dum acordeon cego
quando as paredes sopraram exaustas a cedência de
milénios de encosto e
ruíram os dogmas no maremoto das cinzas do
pensamento burguês.
Num exercício cénico representámos a pré-história
do homem civilizado,
excomungando bestas e cães de luxo,
que falavam a linguagem da lentidão de
uma morgue onde, na horizontal,
adormecem, em sonhos de vagabundagem,
os pénis desajustados dos
enforcados na falta de espaço vital.
Com uma felicidade repentina ardeu momentânea e saciada
a fome e, acrobaticamente,
rastejámos pairando em semicírculos de
aborrecimento lânguido quando as
montras tilintaram em estilhaços e
o garçon respirou fundo a estupidez da existência.
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Comentários
liberdade
Um poema de extases e rebeldias
como quem solta um grito constantemente aprisionado
- e de gritos também se edifica poesia.
Desde as Caldas, um abraç0o de Boas Vi(n)das!
Abilio Henriques