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consternação residual
não era capaz de te ter.
olhando para os quadros do teu topo
visualizando teus altos e baixos
sei que não consigo alcançar-te
altiva estás tu em honesto pedestal
e em baixo estou eu velho e carcomido
gasto em brasas, simples mortal
tempo que ao não gastar teria vendido
toco canções para me apaziguar
aumenta-me o fulgor ter de te cantar
e respiro com as forças que me restam
uma réstia de esperança em te olhar
num alcançável patamar.
e não são vinganças não...
são constatações da minha impotência
em poder sequer ganhar consciência
de que vale a pena lutar.
baixemos os braços, destruamos os sonhos
o romance é infrutífero
pois quando o coração não pensa
é o veneno mais mortífero.
trilho sonoro: tugboat annie - vendetta
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Poesia :
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cherub-rocker
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Comentários
Re: consternação residual
Belíssimo, o seu poema.
Gostei muito de o ler.
:-)