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CORDAS

as horas correm

no corpo largado

em minha cama

olhos que me olham

no resto que sobrou

quem sabe, o que realmente sou...

romperam-se já as cordas

que te prende ao meu consumo

Vá nesta hora que te embala!

sem tentar decifrar o que há ainda

carne além

- além do fruto ácido,

superficialidade que já te dei -

à parede infinita

que serpenteia meus limites...

das minhas cabais evidências...

e grite ao mundo, se quiseres,

que coleciono corpos des-cobertos

em função de sofrimentos renegados

guardados só em mim,

pois hoje sou soturna

nesta sombra corrente

quando há mais céu que lua...

Submited by

domingo, março 21, 2010 - 05:24

Poesia :

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Daisy_Lee82

imagem de Daisy_Lee82
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Comentários

imagem de nunomarques

Re: CORDAS

Cordas que se rompem, quando o "eu" fala mais alto. Necessariamente egoísta.

Gostei imenso

Abraço

imagem de Daisy_Lee82

Re: CORDAS

cordas que se rompem, para que o Eu continue vivendo...

Obrigada pelo comentário!

;-)

imagem de Henrique

Re: CORDAS

Bom poema!!!

:-)

imagem de angelofdeath

Re: CORDAS

Adorei a exterma subjectividade e a simbologia das cordas no tema da fragmentação do ser ou solidão

imagem de Daisy_Lee82

Re: CORDAS

Obrigada por comentar... espero que tenha sido um mergulho em si também!
bjs

;-)

imagem de Daisy_Lee82

Re: CORDAS

Obrigada pelos comentários! ;-)
_____

Robson:

O prender (do outro a mim, no caso) é sempre voluntário, bem como meu consentimento... o mostrar-se é estratégico e só transpõem-se a parede que somos quem queremos que nos veja...

O poema não fala de preocupação acerca do que a outra parte pode vir a pensar, ou mesmo, numa outra esfera, do quanto os leitores possam "transferir"desta imagem a mim... não há esta preocupação! Há apenas a evidência de que somos mais que os momentos que concedemos, mas nem sempre mostramos o que somos... e isso não é sofrimento, necessariamente... é escolha. Há sempre o "não", como há também o "sim"...

há o "carne além"...
há consciência de si...
há sempre escolha...
há mistério...

imagem de robsondesouza

Re: CORDAS

Daisy,

eu podia começar com um discurso do tipo: não te prendas ao que pensam de ti e tais.

Entretanto, o que me arrebate à tua poesia vai para além de quem tu és ou o que dizes na tua poesia. Entenda: somos quem somos e nos amarramos ao que queremos amarrar ( o que é bem definido no teu poema) mas, podemos nos soltar e sentir-nos felizes com a palavra "não".

Tu só fazes de ti o que não queres fazer de ti.

Abraços fraternos, Robson!

imagem de Mefistus

Re: CORDAS

Um lindissimo grito Mudo.
As cordas, as amarras que se partem e se rasgam, no próprio existencialismo.

Essa força de querer saber quem é e o que é!

Lindissimo

imagem de Manuelaabreu

Re: CORDAS

Poema triste mas bonito de se ler feito mar de solidão.
Um abraço :-)

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