CORDAS
no corpo largado
em minha cama
olhos que me olham
no resto que sobrou
quem sabe, o que realmente sou...
romperam-se já as cordas
que te prende ao meu consumo
Vá nesta hora que te embala!
sem tentar decifrar o que há ainda
carne além
- além do fruto ácido,
superficialidade que já te dei -
à parede infinita
que serpenteia meus limites...
das minhas cabais evidências...
e grite ao mundo, se quiseres,
que coleciono corpos des-cobertos
em função de sofrimentos renegados
guardados só em mim,
pois hoje sou soturna
nesta sombra corrente
quando há mais céu que lua...
Submited by
Sunday, March 21, 2010 - 05:24
Poesia :
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Comments
Re: CORDAS
Cordas que se rompem, quando o "eu" fala mais alto. Necessariamente egoísta.
Gostei imenso
Abraço
Re: CORDAS
cordas que se rompem, para que o Eu continue vivendo...
Obrigada pelo comentário!
;-)
Re: CORDAS
Bom poema!!!
:-)
Re: CORDAS
Adorei a exterma subjectividade e a simbologia das cordas no tema da fragmentação do ser ou solidão
Re: CORDAS
Obrigada por comentar... espero que tenha sido um mergulho em si também!
bjs
;-)
Re: CORDAS
Obrigada pelos comentários! ;-)
_____
Robson:
O prender (do outro a mim, no caso) é sempre voluntário, bem como meu consentimento... o mostrar-se é estratégico e só transpõem-se a parede que somos quem queremos que nos veja...
O poema não fala de preocupação acerca do que a outra parte pode vir a pensar, ou mesmo, numa outra esfera, do quanto os leitores possam "transferir"desta imagem a mim... não há esta preocupação! Há apenas a evidência de que somos mais que os momentos que concedemos, mas nem sempre mostramos o que somos... e isso não é sofrimento, necessariamente... é escolha. Há sempre o "não", como há também o "sim"...
há o "carne além"...
há consciência de si...
há sempre escolha...
há mistério...
Re: CORDAS
Daisy,
eu podia começar com um discurso do tipo: não te prendas ao que pensam de ti e tais.
Entretanto, o que me arrebate à tua poesia vai para além de quem tu és ou o que dizes na tua poesia. Entenda: somos quem somos e nos amarramos ao que queremos amarrar ( o que é bem definido no teu poema) mas, podemos nos soltar e sentir-nos felizes com a palavra "não".
Tu só fazes de ti o que não queres fazer de ti.
Abraços fraternos, Robson!
Re: CORDAS
Um lindissimo grito Mudo.
As cordas, as amarras que se partem e se rasgam, no próprio existencialismo.
Essa força de querer saber quem é e o que é!
Lindissimo
Re: CORDAS
Poema triste mas bonito de se ler feito mar de solidão.
Um abraço :-)