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Corpo franzino

Esquinas da vida,
infância perdida num
carrossel de desalento,
nau de sofrimento.

As estrelas
confidentes ao luar,
iluminando o banco frio,
abandonado.

Manta esburacada,
alma estilhaçada de menina molestada,
face pálida.

Corpo franzino
outrora divino num esgar de dor.

Grita,
chama pela morte.

Infância de pouca sorte.

No vento
e na chuva encontrava
uma aliada para esconder o rosto,
molhado pelas lágrimas derramadas
do infortúnio da vida.

Menina
humilhada,
nunca pelo pai amada.

Submited by

domingo, maio 3, 2009 - 01:02

Poesia :

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mariamateus

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Título: Membro
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Comentários

imagem de Anonymous

Re: Corpo franzino

Poema forte de tão belo como de atroz.

Beijo

imagem de Conchinha

Re: Corpo franzino

Nem sempre escrevemos sobre nós e uns mais que outros.
Há casos em que a tinta da alma se agarra ao papel...

E somos mesmo nós.

bjo

imagem de ÔNIX

Re: Corpo franzino

Maria neste ambiente de tristeza, que envolve o teu pema, encontro uma alma sublime, e doce

Bjs

Dolores

imagem de onovopoeta

Re: Corpo franzino

Menina
humilhada,
nunca pelo pai amada.

quantas tantas tens, belíssima linhas poéticas, um forte abraço e fique em paz, abraçosssssssssss

imagem de jopeman

Re: Corpo franzino

Um esgar de dor...que a expulses toda em poesia :-)
Bjo

imagem de Henrique

Re: Corpo franzino

Grita,
chama pela morte.

Tanto sofrimento, é um clamor sem sossego...

Beijinho

:-(

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