CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A dimensão
Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.
Poluída a memória,
do escape ruidoso
não resta senão a fuligem das horas
que passam
demasiado devagar.
No túnel as luzes dos automóveis
embatem na elástica esperança
dos meus sonhos
feitos de ilusão maciça.
Ninguém vibra.
Nervosamente desço o passeio
e pouso os pés cansados
no alcatrão gasto
pelos gritos apressados
de quem provavelmente nem sabe
onde se respira
a calma
de uma tempestade.
Observo as mãos feridas,
ásperas.
Vejo nelas o vazio dos abraços
calejados
e os olhos que se escondem
debaixo das tampas de esgoto
enlameados na frieza
de um mundo dividido.
Olho o céu,
cerro os punhos
e recalco ainda mais o grito escuro
que atravessa um sopro
por debaixo da terra.
Continuo a resistir.
Como o mar.
A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.
rainbowsky
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3027 leituras
Add comment
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte III | 2 | 1.090 | 06/11/2010 - 13:09 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte IV | 1 | 1.381 | 06/12/2010 - 17:08 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte V | 2 | 678 | 06/15/2010 - 22:06 | Português | |
Poesia/Desilusão | Esquiva sombra me detém | 5 | 555 | 03/25/2010 - 23:32 | Português | |
Poesia/Desilusão | Este Sal | 1 | 886 | 05/31/2010 - 14:01 | Português | |
Poesia/Desilusão | Estranho I - A ânsia | 4 | 739 | 03/04/2010 - 18:55 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Estrela | 0 | 2.555 | 11/19/2010 - 19:27 | Português | |
Poesia/Intervenção | Eu? Eu sou. | 4 | 725 | 05/10/2010 - 17:15 | Português | |
Poesia/Tristeza | Execução Clássica | 5 | 720 | 05/05/2010 - 22:19 | Português | |
Poesia/Geral | Expresso descafeinado | 2 | 1.253 | 09/16/2010 - 21:38 | Português | |
Poesia/Meditação | EXTENSO POEMA SOBRE O AMOR | 7 | 1.801 | 02/14/2011 - 22:53 | Português | |
Poesia/Tristeza | Fado | 5 | 801 | 03/04/2010 - 19:15 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia - O que me resta | 3 | 597 | 07/29/2010 - 00:49 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia II - Respiro a vida | 3 | 1.145 | 07/29/2010 - 17:39 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia III - O meu próximo sentir | 2 | 580 | 08/02/2010 - 17:41 | Português | |
Ministério da Poesia/Meditação | Farol identidade | 0 | 1.256 | 11/19/2010 - 19:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | Feitiço | 0 | 1.267 | 11/19/2010 - 19:27 | Português | |
Poesia/Intervenção | Fénix do coração | 2 | 445 | 04/11/2010 - 16:47 | Português | |
Poesia/Tristeza | Ficcionem-me | 1 | 1.907 | 04/07/2011 - 02:10 | Português | |
Poesia/Tristeza | Filtro | 0 | 1.490 | 12/31/2010 - 18:39 | Português | |
Poesia/Tristeza | Fim sem fim | 1 | 740 | 01/03/2011 - 15:48 | Português | |
Poesia/Desilusão | FIM. | 2 | 767 | 03/12/2010 - 19:47 | Português | |
Poesia/Dedicado | Fogueira da reputação | 6 | 541 | 03/29/2010 - 01:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | Formas difíceis | 3 | 2.705 | 10/25/2011 - 15:07 | Português | |
Poesia/Dedicado | Fotografia de um silêncio... | 5 | 374 | 04/09/2010 - 17:54 | Português |
Comentários
Nesta dimensão ao lado, De
Nesta dimensão ao lado,
De tudo o que senti...
Como os abraços vazios...
A memória dura
Onde a esperança perdura...
E o perfume que não sinto o aroma
Que morra,
Mas continuo, como o mar...
Que vai ganhado terra.
Este frio sabe bem.
A quanto se estende meu silêncio.
Acho que a primeira parte define logo a poesia.
Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.
....
e estas ultimas estrofes estão muito bonitas,
Continuo a resistir.
Como o mar.
A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.
Gostei do teu poema agreste mas onde ainda há a luz...
Nem que seja pela esperança que não desiste.
Beijo